Rússia deve fornecer remédio contra Covid-19 ao Brasil

Antiviral é eficaz contra 30% de casos leves da doença e pode reduzir tempo de tratamento

Foto: Chris Wattie/Reuters

Jornal GGN – O fundo soberano da Rússia e a farmacêutica russa ChemRar anunciaram nesta quinta, 24 de setembro, um acordo para fornecer ao Brasil e outros 16 países um antiviral contra o novo coronavírus. 

O remédio Avifavir, nome comercial do favipiravir, é conhecido no Japão como Avigan e usado no tratamento de gripes. Segundo estudos, a droga age para inibir a enzima polimerase, que ajuda o patógeno a se reproduzir quando invade uma célula saudável.

Em abril, a Fujifilm – empresa que também atua no ramo fotográfico, começou testes clínicos de fase 3 para determinar se o medicamento poderia ser eficaz no combate a Covid-19.

Logo depois, a Rússia iniciou testes próprios com um genérico sob licença japonesa e, em junho, aprovou o uso emergencial de 60 mil doses do remédio em 74 se suas regiões.

De acordo com a Rússia, 940 pacientes que fizeram o uso do remédio foram acompanhados. Sendo que 30% tiveram o Sars-CoV-2 eliminado do corpo e os outros 70% tiveram o tempo de tratamento reduzido. 

Assim, como a vacina russa contra a Covid-19, a Sputnik, o medicamento foi aprovado sem o fim dos testes clínicos. O Ministério da Saúde da Rússia afirmou que como o remédio não trazia riscos à saúde por já estar em uso, isso seria tolerável.

Nesta quarta-feira, 23 de setembro, a Fujifilm divulgou os resultados de sua fase 3 que mostram a eficácia comprovada em casos não graves da Covid-19. Agora, deve ser iniciada a aprovação do uso da droga no Japão. 

Hoje, o fundo soberano da Rússia afirmou que deverá fornecer o remédio para Brasil, Argentina, Bulgária, Chile, Colômbia, Equador, El Salvador, Honduras, Kuwait, Paraguai, Panamá, Arábia Saudita, Sérvia, Eslováquia, África do Sul, Emirados Árabes Unidos e Uruguai.

Ainda, segundo o fundo o medicamento está sendo negociado com um laboratório privado brasileiro, que não teve o nome divulgado. No entanto, para ser usada, a Anvisa precisa aprovar a droga.

Com informações da Folha de S. Paulo. 

Redação

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