Tereza Campello e as mentiras de Bolsonaro sobre o Auxílio Brasil

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Ex-ministra usa redes sociais para apontar contradição de discurso e manipulação de dados por parte do candidato à reeleição

A economista Tereza Campello, ex-ministra do Desenvolvimento Social. Foto: Sérgio Amaral – Arquivo MDS via Wikipedia

O presidente Jair Bolsonaro (PL) manteve os valores do Bolsa Família congelados por quase todo seu mandato para, em uma estratégia eleitoreira, mudar o programa para Auxílio Brasil e reajustar o valor apenas até dezembro deste ano.

A afirmação é da economista e ex-ministra Tereza Campello, uma das responsáveis pela estruturação do Bolsa Família, que usou as redes sociais para apontar as contradições do discurso presidencial.

“Não precisa ser economista para saber que comparar “dinheiros” de diferentes épocas é manipulação. O certo é mostrar qual o poder de compra em cada período”, afirma Tereza nas redes sociais.

Fim do Bolsa Família e programa eleitoreiro

Para facilitar a análise, a ex-ministra usou como referência o valor do botijão de gás: em 2015, o valor pago pelo Bolsa Família permitia a compra do equivalente a quase quatro botijões de gás, contra pouco mais de dois botijões em janeiro de 2021, auge da pandemia de covid-19.

Tereza Campello lembra que Bolsonaro extinguiu o Bolsa Família e, por continuar perdendo para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas pesquisas de intenção de voto, acabou criando um programa chamado Auxílio Brasil no valor de R$ 400.

Como ainda seguia atrás de Lula, a ex-ministra cita a tentativa de “mais um golpe” por parte do atual presidente: o aumento do valor pago para R$ 600, no que ela denomina “Auxílio Segundo Turno”.

“E tem a cara de pau de comparar os R$600 dados há apenas dois meses com os R$190 congelados por ele”, ressalta a economista, que lembrou o congelamento do valor do Bolsa Família e do salário mínimo pelo atual governo, em meio à disparada de preços.

“Oferecer R$600 na boca da urna, sem previsão no orçamento de 2023, mudar calendário de pagamento, prometer pela segunda vez o Bolsa 13º Fiado. Isso não é política pública: é estelionato eleitoral”, ressalta Tereza Campello, lembrando que a proteção social “tem que ser continuada, gerar segurança e estabilidade”.

Confira abaixo o fio completo onde a ex-ministra Tereza Campello detalha o “estelionato eleitoral” de Jair Bolsonaro.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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