Trump também pressionou fiscal para encontrar votos na Geórgia, diz jornal

Ligação teria ocorrido pouco antes do Natal; ao todo, presidente derrotado ligou para três autoridades diferentes tentando impedir vitória de Biden

Foto: Reprodução

Jornal GGN – Donald Trump também teria pressionado outra autoridade eleitoral do estado da Geórgia para encontrar votos a seu favor na eleição presidencial, semanas depois de ter abordado o secretário de estado.

Reportagem do jornal Washington Post revela que Trump entrou em contato com o chefe de investigações do gabinete do secretário de estado da Geórgia (e responsável pelas investigações de fraude eleitoral no subúrbio de Atlanta) antes do Natal.

Trump também conversou com o secretário de Estado, Brad Raffensperger, que iniciou a investigação após alegações de que os funcionários eleitorais do distrito de Cobb aceitaram de forma indevida cédulas eleitorais com assinaturas que não correspondiam às registradas – em alegações que as autoridades estaduais concluíram não ter mérito.

O contato com o investigador-chefe ocorreu em 02 de janeiro, quando Trump repreendeu o secretário de Estado, tentou bajulá-lo, implorou-lhe para agir e ameaçou-o com consequências criminais vagas se o colega republicano se recusasse a prosseguir com suas falsas alegações.

Ao todo, Trump fez pelo menos três ligações para funcionários do governo na Geórgia desde o dia da eleição, tentando encontrar formas de subverter a vitória do presidente eleito Joe Biden. Os contatos foram feitos inclusive com o governador do estado, o republicano Brian Kemp, que foi repreendido por Trump por ter certificado a vitória de Biden.

Por não ter conseguido sucesso em seu intento, o candidato derrotado chegou a atacar Raffensperger e Kemp publicamente em Washington ao chama-los de corruptos, durante comício realizado antes da invasão de seus apoiadores ao Capitólio.

Especialistas jurídicos afirmam que o contato de Trump com o secretário de estado pode ter infringido leis estaduais ou federais norte-americanas, que impedem a solicitação de fraude eleitoral ou proíbem a participação em conspirações contra pessoas que exercem seus direitos civis.

O telefonema feito pelo presidente ao investigador-chefe também pode ter implicações criminais, por violação das leis contra suborno ou tentativa de interferência em investigação em andamento.

 

 

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Redação

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