“48% é ótimo! Virada em 2º turno é raríssimo”, diz Flávio Dino após esquerda passar o dia se autoflagelando

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
[email protected]

Senador eleito coloca resultados do primeiro turno em perspectivas favoráveis a Lula e projeta "disputa de legados" no 2º turno

Foto: Agência Brasil

O ex-governador Flávio Dino (PSB), senador eleito pelo Maranhão, comentou na noite de segunda (4) que a esquerda está presa num momento de “autoflagelação” por causa da frustração que sentiu por Lula (PT) não ter vencido a eleição de 2022 no primeiro turno. O novo senador destacou “aspectos imensamente positivos dos resultados”, colocando-os em perspectiva.

Segundo Dino, para começar, é preciso lembrar “de onde viemos”. Quatro anos atrás, Lula estava preso e o PT perdeu para Jair Bolsonaro, que agora disputa a reeleição com a máquina pública na mão. Em 2 de outubro, Lula, depois de uma reviravolta na Lava Jato, terminou com 48% dos votos válidos (6 milhões de votos de vantagem) contra 43% de Bolsonaro. A surpresa ficou por conta da votação de Bolsonaro acima do que as pesquisas indicavam.

“Pela primeira vez na história, um presidente que está na cadeira não venceu a reeleição [nem chegou na frente no primeiro turno]. E vejam: virada em eleição de segundo turno é raríssimo. É quase um cometa Halley passando. Bolsonaro não vai virar. Nós vamos ganhar a eleição.”

O senador eleito disse que é preciso fazer ajustes na campanha, mas sem a “autoflagelação que a esquerda está fazendo desde ontem à noite”. Lula ter “48% é ótimo! Mas temos que fazer ajustes. As nossas ideias têm que aderir mais fortemente ao povão que nos empurrou para vitórias não só no Nordeste, mas no País todo.”

Como será o segundo turno

Dino projetou que o segundo turno será uma “disputa de legados” entre Lula e Bolsonaro. E, para o senador eleito, talvez Bolsonaro chegar ao segundo turno tenha sido bom para a democracia. “No longo arco da história, talvez seja bom porque Bolsonaro não poderá mais atacar a Justiça Eleitoral. Ele celebrou a vitória dos seus. Ou vai dizer que a vitória de Damares [Alves, para o Senado pelo DF] foi fraudada?”

“A democracia vai se fortalecer e nós vamos ganhar”, disse Dino na entrevista à TV 247.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

3 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Sim, vamos perseverar e contar com a resiliência sem se abater. A batalha será pesada e desigual porque o inominável não respeita nada e vai usar a máquina da maneira mais espúria possível, fora fake news. Vamos lutar com com táticas decentes, inteligentes ! No lado do Lula e do Haddad só gente séria, honesta que pensa no Brasil !

  2. Sim, vamos perseverar e contar com a resiliência sem se abater. A batalha será pesada e desigual porque o inominável não respeita nada e vai usar a máquina da maneira mais espúria possível, fora fake news. Vamos lutar com com táticas decentes, inteligentes ! No lado do Lula e do Haddad só gente séria, honesta que pensa no Brasil !

  3. Grande Flávio Dino, sempre uma voz lúcida a se manifestar sobre os acontecimentos. Um nome a ser lembrado para futuros embates políticos, talvez a própria presidência da república. A votação em Lula foi de fato 48,43%, muito mais que os apressados 48% citado no artigo. Em absoluto é pouco, no relativo, precisamos de menos 20% para chegar aos 50% mais UM voto, e eleger Lula para presidência. Vamos deixar o mar de lamentações de lado e partir para a ação. Lula lá em 30 de novembro.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador