Francisco Celso Calmon
Francisco Celso Calmon, analista de TI, administrador, advogado, autor dos livros Sequestro Moral - E o PT com isso?; Combates Pela Democracia; coautor em Resistência ao Golpe de 2016 e em Uma Sentença Anunciada – o Processo Lula.
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Hoje há de ser outro dia, por Francisco Celso Calmon

Hoje começa um novo dia, a aurora de uma nova quadra de construção, o recomeço de uma luta que é para sempre.

Foto: Ricardo Stuckert

Hoje há de ser outro dia

por Francisco Celso Calmon

Que o Chico Buarque me desculpe, não será amanhã, será hoje o novo dia.

Pintou o clima da vitória da democracia por todo o nosso país.

Com a força do povo no voto, Lula será hoje consagrado pelas urnas como o novo presidente do Brasil.

Ainda teremos dois meses até a posse.

Quando chegar o momento/Esse meu (nosso) sofrimento/Vou (Vamos) cobrar com juros, juro*

Você, que foi genocida, ocasionou funerais comprimidos, tripudiou da falta de oxigênio e da falta de ar dos amazonenses, gargalhou da covid, ofendeu indígenas, negros e nordestinos, não respeitou mulheres, jornalistas, juristas, cientistas; você que jogou 50 milhões de brasileiros na extrema pobreza, você que atrofiou o SUS e acumpliciado com o coronavírus, covid-19, deixou morrer pelo menos 400 mil pessoas, entre elas crianças; você que incendiou e destruiu dois milhões de árvores, 20% da floresta amazônica; você que se declarou estuprador diante da deputada Maria do Rosário, violentou os direitos sociais e trabalhistas do povo; você, genocida-canibal-pedófilo, é o satan do planeta e do futuro da humanidade; você que inventou o orçamento secreto, corrompeu a independência e harmonia entre os poderes republicanos, “Você vai pagar e é dobrado/Cada lágrima rolada/Nesse meu (nosso) penar*.

Você, mitômano compulsivo, não encontrará em seu arsenal de fake news, nenhuma mentira que o livrará da prisão.

“Democracia é coisa frágil. Defendê-la requer um jornalismo corajoso e contundente. Junte-se a nós: www.catarse.me/jornalggn

Você, o imbrochável como dois e dois são cinco, que disse que não é coveiro, cavou a sua própria sepultura, ornada por maricás, cuja flor lhe sedará, oxalá pra sempre.

Você ainda vai ver o sol nascer quadrado e de onde estiver vai lembrar de cada sofrimento, cada lágrima contida, cada desespero dos famélicos, dos desempregados e dos desesperançados, que você e sua corja produziram.

Você que inventou esse estado/E inventou de inventar/Toda a escuridão/Você que inventou o pecado/Esqueceu-se de inventar/O perdão*

E você ainda vai ver o Brasil reflorescer, a esperança vencer, os brasileiros voltarem a ser irmãos, e a civilidade vai ser o modo democrático de conviver, sem embargo das diferenças, da luta de classes, de você e do bolsonarismo.

Eu pergunto a você/Onde vai se esconder/Da enorme euforia/Como vai proibir/Quando o galo/insistir/Em cantar/Água nova brotando/E a gente se amando/Sem parar*

Hoje começa um novo dia, a aurora de uma nova quadra de construção, o recomeço de uma luta que é para sempre.

No último e quase inútil debate, o genocida-canibal-pedófilo se desequilibrou e quase caiu, prenúncio de sua queda hoje pelo sufrágio popular. Em entrevista após o debate declarou que: “Quem tiver mais voto, leva. Isso é democracia”, mostrando, enfim, o que já sabíamos, que não conta com apoio das forças armados para uma aventura golpista. Entretanto, ele não é confiável, sofre da síndrome do escorpião.

Mesmo respeitando o resultado das urnas, seu governo e o cangaceiro das Alagoas, Arthur Lira, presidente da Câmara Federal, vão provavelmente continuar implantando contrarreformas, o que vai demandar dos congressistas atuais e dos novos, bem como dos governadores eleitos, ações políticas coordenadas e, se mister, jurídicas também, para impedir bombas de efeitos imediatos e outras de efeitos retardados.

Vai ser preciso uma varredura antibombas para encontrar as granadas do Paulo Guedes, o inimigo nº 1 dos trabalhadores.

Por tudo, devemos manter a mobilização nas ruas, comemorando, organizando o povo e debatendo programas de governo, pois, as mãos que afagam hoje, podem estar apedrejando amanhã.

A luta continua, sempre.

Francisco Celso Calmon, coordenador do canal pororoca e ex-coordenador nacional da Rede Brasil – Memória, Verdade e Justiça

*Apesar de Você. Chico Buarque

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