“A violação de um lado não absolve o outro lado”, afirma ONU sobre Hamas e Israel

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
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Órgão cobrou a responsabilização dos responsáveis pelo conflito no Oriente Médio

Foto: Reprodução/Instagram @unrwa [Agência das Nações Unidas para Refugiados da Palestina]
Foto: Reprodução/Instagram @unrwa [Agência das Nações Unidas para Refugiados da Palestina]

A Organização das Nações Unidas (ONU) elevou o tom das críticas, nesta terça-feira (14), contra Israel e o Hamas. O órgão explicitou que nada justifica a escalada da violência, que tem vitimado milhares de civis, e cobrou a responsabilização dos responsáveis pelo conflito no Oriente Médio.

A violação de um lado não absolve o outro lado”, afirmou a porta-voz da ONU para Direitos Humanos, Ravina Shamdasani, durante entrevista coletiva nesta manhã, em Genebra.

A entidade condenou os atos do Hamas e pontuou que os responsáveis pelas mortes e sequestros de israelenses devem ser identificados e responsabilizados.

O governo de Israel também foi denunciado, principalmente pela evacuação forçada de milhares de palestinos na Faixa de Gaza, além dos ataques indiscriminados contra a população, as violações ao direito humanitário internacional.

Não se pode ter uma punição coletiva como resposta aos ataques horríveis (do Hamas)”, continou Shamdasani. “Temos sérios temores quanto ao número de civis nos próximos dias. As operações militares não mostram sinais de diminuição, o cerco contínuo a Gaza está afetando o abastecimento de água, alimentos, medicamentos e outras necessidades básicas, e há indícios diários de violações das leis de guerra e da lei internacional de direitos humanos“, alertou.

A lei internacional exige que qualquer evacuação temporária legal por parte de Israel (…) deve ser acompanhada pelo fornecimento de acomodação adequada para todos os evacuados, realizada em condições satisfatórias de higiene, saúde, segurança e nutrição”, explicou Shamdasani. “Parece que Israel não tentou garantir isso para os 1,1 milhão de civis que receberam a ordem de se mudar”, completou.

Além das mais de 4 mil vidas perdidas no conflito entre Israel e o Hamas, a porta-voz da ONU destacou a morte de jornalistas, profissionais de saúde e funcionários da própria organização.

Com informações do Metrópoles.

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Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.

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