Ataques dos EUA e Reino Unido contra radicais do houthis aprofunda crise no Oriente Médio

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
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Operação das forças britânicas e norte-americanas aconteceu um dia após o grupo rebelde realizar o maior ataque nas principais rotas comerciais do Mar Vermelho

Captura de vídeo, divulgado pelo Houthis, de míssil lançado do Mar Vermelho. | Imagem: Reprodução/X

Os Estados Unidos e o Reino Unido coordenaram ataques contra alvos do grupo rebelde Houthis do Iêmen, durante a madrugada de sexta-feira (12). As ações acendem o alerta para a expansão da guerra no Oriente Médio, em meio ao conflito entre Israel e o Hamas.

A operação das forças britânicas e norte-americanas aconteceu um dia após o grupo rebelde, que controla boa parte do Iêmen apoiados pelo Irã, realizar o maior ataque nas principais rotas comerciais do Mar Vermelho entre a Europa e a Ásia desde 19 de novembro. 

Nas últimas semanas, os Houthis intensificaram os ataques contra os navios comerciais em protesto à guerra de Israel em Gaza. Desde novembro, pelo menos 27 ataques foram conduzidos pelo grupo, que alertou sobre os ataques a navios de guerra dos EUA se o grupo fosse alvo.

Nesta sexta-feira, as autoridades informaram que ataques conduzidos pelos Estados Unidos e o Reino Unido foram feitos via água e ar, com o uso de submarinos, navios e aeronaves. A operação conseguiu abater os 21 drones e mísseis lançados pela organização. Explosões foram reportadas na capital do Iêmen e em outras cidades.

O ministro das Forças Armadas britânicas, James Heappey, afirmou que a ação foi um “ato de legítima defesa“. Junto do porta-voz do Pentágono Patrick Ryder, Heappey também afirmou que não há planos de novas incursões.

O porta-voz do Houthis, Mohammed Abdulsalam, disse por sua vez que o grupo continuará os ataques a navios com destino a Israel no Mar Vermelho e que a operação contra alvos do grupo é “injustificada“.

Manifestações

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, afirmou que a Grã-Bretanha está a tentando transformar o Mar Vermelho em um “mar de sangue”. 

Segundo ele, os ataques britânicos e estadunidenses contra os Houthis não são proporcionais e o grupo está preparando uma “defesa e resposta bem sucedidas contra os EUA”. 

Já o Hamas condenou os ataques contra os Houthis e declarou que a ação terá consequências na segurança da região, em comunicado publicado na rede social Telegram.

Com informações do The Guardian.

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Ana Gabriela Sales

Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.

2 Comentários

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  1. A ONU não autorizou essa agressão militar anglo-americana. Portanto, ela é ilegal. O mais importante aqui, porem, foi o “timing” do terrorismo estatal cometido contra o Iêmen. Ele ocorreu justamente a tempo de encobrir a maior notícia da década: a apresentação do caso referente ao genocídio dos palestinos em Gaza feita por advogados da África do Sul fizeram na Corte Internacional de Justiça. Israel será provavelmente condenado com base nas evidências que os próprios políticos e militares israelenses forneceram. A apresentação do caso foi brilhante e baseada apenas na verdade factual. Não será possível Israel se safar da condenação equiparando ao antissemitismo a sólida acusação de genocídio que será julgada.

    Os criminosos anglo-americanos querem salvar os criminosos israelenses. Isso certamente poderá ser usado pelo Iêmen contra os EUA e a Inglaterra.

    https://www.youtube.com/live/g2vQ7suQWGg?si=1opQ0Hf-pinMozo_

  2. Ao que parece, aquela ilha velha não perdeu o hábito imperialista.Como se consideram donos do mundo, agredir outros países caracteriza legítima defesa.. Mas não perdem por esperar, pois como as demais potências agressoras, todo o ocidecadente vai pro brejo.

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