Unicef ​​alerta para aumento do “nível insuportável de mortes infantis em Gaza” 

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
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Segundo o braço da ONU, Gaza está prestes a testemunhar uma explosão de mortes infantis por desnutrição

ONU via Flickr

Além de vítimas do cenário aterrorizante de bombardeios coordenados por Israel na Faixa de Gaza, as crianças palestinas também são potenciais vítimas fatais da fome, alerta o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

Um relatório do braço da ONU, em parceria com a entidade Global Nutrition Cluster (GNC), apontou que mais de 90% das crianças com menos de cinco anos sofrem com a pobreza alimentar grave no território, ou seja, só comem dois ou menos grupos de alimentos por dia.

Mesmo na cidade de Rafah, no sul de Gaza, onde entra a maior parte da ajuda humanitária, a taxa de desnutrição aguda atingiu a marca de 5%, já no norte do território o percentual chegou a 15%. Antes da guerra, a taxa era inferior a 1%, afirma o relatório.

O levantamento apontou também que, nas duas últimas semanas, 70% dessas crianças palestinas também sofrem com doenças infecciosas, com sintomas como diarreia grave. 

A Faixa de Gaza está prestes a testemunhar uma explosão de mortes infantis evitáveis, o que irá agravar o já insuportável nível de mortes infantis”, afirmou o funcionário da Unicef, Ted Chaiban, em comunicado.

Norte da Faixa de Gaza reduzida a escombros. | Foto: Flickr/ONU

O relatório mostrou também que, desde dezembro – quando o fluxo de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza foi severamente restringido – os 2,3 milhões de palestinos do território sofrem com a crise alimentar. 

A análise indica uma situação nutricional terrível para toda a população de Gaza, tanto a curto como a longo prazo. Espera-se que todas as áreas de Gaza sejam afetadas pela subnutrição”, diz o documento.

Na prática, o relatório delineou dois cenários, um de “declínio rápido” e outro de “deterioração lenta”, e alertou que ambos levarão a “um aumento consistente e constante do desperdício infantil, da desnutrição materna e da desnutrição de micronutrientes”, já que os dois dependem da medida em que a propagação de doenças pode ser controlada e da medida em que a ajuda pode ser prestada.

Com informações do The Guardian.

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