Queda da PPI vai permitir que Petrobras absorva aumentos sem repassar ao consumidor, diz Prates

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
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"Nova política é a melhor alternativa para o cliente", garantiu presidente da estatal

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, comentou nesta quarta-feira (17) sobre a nova estratégia da companhia para estabelecer o preço dos combustíveis, que tem o objetivo de dar mais previsibilidade para os consumidores. 

Segundo Prates, a estatal continuará a utilizar os preços internacionais como referência, mas a nova estratégia vai permitir que a Petrobras possa reter parte da volatilidade do mercado, sem que os valores sejam repassados aos consumidores de forma imediata.

Os importadores e as refinarias privadas serão obrigados a concorrer com um player brasileiro, que possui refinarias no País e sabe utilizar a logística de forma cooperativa, e não de forma competitiva e predatória entre si. A Petrobras tem a melhor estrutura e foi construída com foco em oferecer a melhor alternativa para o cliente final. Essa é a nova política, a melhor alternativa para o cliente“, disse Prates em entrevista à GloboNews.

A diferença com esse novo modelo é que será permitido, em caso de uma oscilação de dois dias, que a Petrobras possa absorver mudanças tanto se os preços forem para cima, quanto para baixo. Para a economia brasileira e o cidadão brasileiro, haverá uma não volatilidade, diferente do que tivemos no ano inaugural da paridade de preços de importação“, explicou Prates, em entrevista à GloboNews.

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Interferência?

Na terça-feira (16), em meio aos anúncios – inclusive da redução do preços dos combustíveis, Prates negou que a nova estratégia seja menos transparente que a política de Preços de Paridade de Importação (PPI) abandona.

Há transparência total, tudo que nós estamos falando aqui, os componentes, estão no site da Petrobras e continuarão estando, naquele link lá dos preços“, afirmou em entrevista coletiva. 

O presidente da estatal negou interferência do governo sobre a ação. “Não há intervenção absolutamente nenhuma. O presidente Lula, quando fez a campanha, ele disse isso que eu estou dizendo aqui. Não faz sentido um país lutar pela autossuficiência, não faz sentido Getúlio Vargas e todos os outros lutarem para ter parque de refino e, depois, a gente praticar o preço importado, como se a gente importasse tudo 100%“, disse.

Não há intervenção nesse sentido de dizer assim: ‘bote o preço assim’. Não, os instrumentos competitivos da Petrobras, os instrumentos de rentabilidade, de garantia de financiabilidade da companhia estão integralmente garantidos“, completou.

Com informações do Estadão e G1.

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Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.

1 Comentário

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  1. se PETROBRAS fosse estatal, tudo bem,, mas é uma empresa de economia mista, com muita ação no mercado, então, como ficam os acionistas?, pois se a empresa assume prejuízo, dá ruim neh.

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