Brasil pode se tornar o impulsionador da transição energética mundial, segundo frente de mineração sustentável

De acordo com o deputado federal Zé Silva, o país possui uma grande riqueza mineral, incluindo terras raras e grafeno, fundamentais na produção de energia limpa

Foto: José Cruz/Agência Brasil

da Frente Parlamentar da Mineração Sustentável – FPMin

Em alusão ao Dia Mundial da Mineração, comemorado dia 7 de maio, o presidente da Frente Parlamentar da Mineração Sustentável – FPMin, deputado federal Zé Silva, destacou que a mineração sustentável é uma das chaves para que o Brasil possa se tornar um dos players globais da transição energética.

Segundo o parlamentar, o país possui uma grande riqueza mineral, incluindo terras raras e grafeno, fundamentais na produção de energia limpa, como a eólica e a solar. E, de acordo com dados da AgêCintiancia Internacional de Energia Atômica (AIEA), tem também uma das maiores reservas mundiais de tório, um mineral com grande potencial para a produção de energia renovável e segura.

“A transição energética já está acontecendo e para que não percamos esta oportunidade será necessário agir rápido, com impulsionamento de um nova industrialização, para que possamos exportar tecnologia e equipamentos que geram energia limpa; e aumentar o nosso conhecimento geológico”, avaliou Zé Silva.

Conhecimento geológico 

Um dos maiores desafios do Brasil para suprir a demanda de minerais estratégicos para a transição energética é a falta de conhecimento geológico, de acordo com o Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM).

O mapeamento geológico, a cargo da empresa pública Serviço Geológico do Brasil (CPRM), é uma investigação com o intuito de identificar as rochas e minerais que ocorrem em determinada área.

Atualmente, apenas 4% do território está mapeado em uma escala de 1:50.000 e 23% na escala de 1:100.000, que não é a ideal. Outros países mineradores, como Canadá, Estados Unidos, Austrália e África do Sul, estão com mapeamento completo em escalas de semidetalhe, 1:50.000, e detalhe, 1:25.000.

Industrialização e fertilizantes

Além disso, a agropecuária, outro setor pujante da economia, tem debatido a necessidade de investimentos em pesquisa e estímulos a uma nova industrialização. Isso para que o país possa ter sua própria cadeia de produção e distribuição de fertilizantes e também para produção e distribuição de tecnologias que vão propiciar maior eficiência energética em todos os setores e equipamentos responsáveis por produzir energia limpa e renovável.

A frente realizou, na última semana de abril, um seminário para debater a execução do Plano Nacional de Fertilizantes e está em campanha pela estruturação da Agência Nacional de Mineração, responsável por regular e fiscalizar a pesquisa, a produção e a comercialização do setor mineral brasileiro. Estão previstas no plano de trabalho audiências públicas, inclusive sobre o mapeamento geológico, e missões técnicas para conhecer as boas práticas das empresas de mineração pelo Brasil.

Para o deputado Arnaldo Jardim, diretor regional da FPMin, a agricultura e a mineração, juntas, têm o potencial de promover uma economia sustentável e verde, ajudando a garantir a segurança alimentar do planeta e a proteção do meio ambiente.

O parlamentar ainda assegura que investir em uma mineração mais sustentável é contribuir para o desenvolvimento da economia do país, gerando empregos e renda por meio da atração e criação de empresas e indústrias que atuam na transição energética.

Debates 

Para que o Brasil não fique para trás e perca a oportunidade de se destacar no cenário mundial, a FPMin tem realizado debates quinzenais sobre temas que vão ajudar a criar as bases necessárias para a transição energética e para uma mineração mais sustentável. Entre os tópicos estão o aperfeiçoamento da legislação do setor mineral, o fortalecimento dos órgãos reguladores e fiscalizadores, as soluções para expansão do conhecimento geológico e políticas públicas de estímulo a uma nova industrialização e investimentos em pesquisas e tecnologia.

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