A má fase do governo Joe Biden

Em meio à queda na popularidade, presidente norte-americano vê investigações sobre negócios de seu filho ganharem força

foto: Markus Spiske on Unsplash

O governo de Joe Biden não passa por uma boa fase nos Estados Unidos, seja pelas gafes cometidas pelo presidente sobre a guerra na Ucrânia ou por fatores domésticos, como os problemas para aprovação de agenda política e a disparada da inflação, que chegou ao seu maior resultado em 40 anos.

Em artigo publicado no site Arab News, John C. Hulsman – presidente de consultoria política de mesmo nome – lembra que a popularidade de Biden entre os cidadãos não tem sido das melhores: a média de pesquisas realizadas pela Real Clear Politics coloca o índice de aprovação do presidente em 41%, com 54% desaprovando seu desempenho.

“Uma regra prática de Washington é que, caso o presidente tenha um índice de aprovação acima de 60%, ele pode ditar ao Congresso o que fazer”, diz Hulsman, citando como exemplos os ex-presidentes Franklin Roosevelt e Ronald Reagan.

Contudo, um tema que foi deixado de lado durante a disputa presidencial está voltando a ganhar relevância: as investigações de sonegação fiscal e de negócios internacionais realizadas por Hunter Biden, um dos filhos do presidente.

“Embora não tenha credenciais para ser estagiário no setor de energia, ele (Hunter Biden) fez parte do conselho de uma empresa de energia ucraniana, ganhando milhões de dólares por aparentemente não fazer nada”, diz Hulsman.

Hunter também é apontado por usar a imagem de seu pai para fazer negócios na China – e vazamentos do júri de Delaware, responsável por apurar o caso Biden, divulgados por uma série de veículos revelam a ligação de Joe Biden com as operações financeiras do filho.

Hulsman afirma que tal caso foi “enterrado” na época de seu estouro, uma vez que sua repercussão poderia comprometer as eleições presidenciais de 2020, mas o caso voltou à tona e deve perseguir a administração de Biden nos próximos anos.

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Redação

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