O anacronismo dos partidos políticos

Por paternost

Comentário ao post “As eleições de 2014 e o discurso social

A questão social no discurso e na prática política é simplesmente um reflexo da mudança que nossa sociedade vem passando. Temos passado por um período com nome ainda indefinido, mas mudando de forma contundente do ter para o compartilhar. Como podemos ver isso no nosso dia a dia? Tivemos uma política que trata AIDS de forma igualitária para todos os cidadãos; a educação não é mais um privilégio, pois as políticas sociais mudaram isso; a distribuição de renda tem sido mais justa, por conta de programas sociais; e ganhos sociais onde o Estado tem buscado distribuir (compartilhar) os recursos com a população (nesse caso a mais carente) de forma mais generalizada.

Mesmo em nossas vidas já não vivemos como vivíamos há uns 10 anos atrás. A informação é compartilhada. Poucas (ou menos) pessoas compram músicas e filmes, mas as pessoas vão ao cinema e aos shows muito mais do iam antes. Há empresas de car sharing surgindo nas grandes cidades o que permite que você não tenha seu próprio carro. A internet é uma revolução nesse sentido, pois o ter é uma coisa de menor sentido, e o compartilhar é a grande sensação deste momento.

Desta forma, neste mundo, esses políticos que não conseguem se adaptar à essa nova realidade vão simplesmente perdendo a importância. Naturalmente haverá a superação desses, que se tornarão (na verdade, estão se tornando) muito velhos e obsoletos. Aqueles que conseguiram se permitir ingressar nessa nova realidade permanecerão completando mais um ciclo histórico.

Daí é fácil olhar para nossos atuais políticos e ver quais deles se encaixam nesse novo padrão. Infelizmente, o PSDB perdeu esse caminho há tempos (infelizmente porque poderia ser muito saudável ter outra opção). O PSB para mim é uma incognita, mas sempre espero ouvir coisas positivas. Mesmo o PT tem tido sérias dificuldades com esse novo caminho, mas de todos os grande partidos é o único que tem respondido positivamente (sempre penso no prefeito de São Paulo – Fernando Haddad –  quando digo isso). O PSOL é um dos poucos partidos que me parece mais adequado à essa nova realidade devido a existência de quadros mais novos e atuantes como o Deputado Federal Jean Willys. Os demais partidos (incluindo o PMDB) são completamente anacrônicos. Só resistem pois nosso país ainda é muito desigual e esse panorama ainda é a cara do Brasil mais urbano e desenvolvido. Por sorte, as políticas sociais vêm justamente mudar isso na nossa sociedade.

Luis Nassif

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