O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Alexandre de Moraes, ordenou, no começo da tarde deste domingo (30/10), que a PRF (Polícia Rodoviária Federal) interrompa imediatamente as operações e blitze que vem realizando para dificultar a circulação de transporte público e transporte interurbano em algumas localidades do Brasil – problema que vem sendo observado na jornada de hoje, principalmente na região Nordeste, reduto eleitoral de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A determinação de Moraes está direcionada também ao diretor da PRF, Silvinei Vasques, a quem o ministro intimou a dar explicações sobre a razão pela qual tais operações estão acontecendo, sobretudo pelo fato de que o tribunal emitiu resolução na noite deste sábado (29/10) proibindo qualquer tipo de operação tanto da PRF quanto da PF (Polícia Federal) que pudesse prejudicar o acesso dos eleitores aos seus locais de votação – a qual, claramente, não está sendo obedecida pela PRF.
Desde a manhã deste domingo, muitos eleitores do Nordeste do Brasil vêm enfrentando dificuldades para chegar em seus locais de votação devido a operações realizadas pela PRF em dezenas de localidades, situação que, ademais, não foi devidamente explicada pelo organismo policial até o momento.
Outro fato que aumentou às suspeitas com relação às operações é que o diretor Silvinei Vasques publicou em suas redes socias uma mensagem defendendo o voto em Jair Bolsonaro (PL). Após a repercussão disso na imprensa, ele apagou as publicações.
Contudo, vale lembrar que Vasques tem se mostrado um aliado da família Bolsonaro já há alguns anos: é frequentador do clube de tiro Ponto 38, o mesmo que também é visitado regularmente por Carlos e Eduardo Bolsonaro, e colocou a PRF à disposição do presidente para vários eventos, incluindo motociatas e as manifestações de 7 de setembro de 2021 e 2022.
A ordem de Moraes para interromper as operações da PRF estabelece também uma multa pessoal para o diretor Silvinei Vasques, de 100 mil por hora até que ela seja cumprida, além do afastamento imediato das funções e prisão em flagrante por desobediência e crime eleitoral.
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