Brazilianista diz para BBC que imagem do Brasil sai fortalecido da Copa

Jornal GGN – Em entrevista para a BBC, o brasilianista e presidente emérito da Inter-American Dialogue, Peter Hakim, diz que a ‘vergonha passageira’ pela derrota contra a Alemanha não deve ter impacto na imagem do país e nem em sua influência no mundo. Ele ainda afirma que o sucesso na realização do evento está apagando as desconfianças que se formaram durante os preparativos. Por último, Hakim também acredita que o desempenho do time de Felipão não deve influenciar as eleições de outubro.

Da BBC Brasil

‘Vergonha passageira’ não deve afetar sucesso fora dos campos, diz americano
 
Alessandra Corrêa
 
A dramática derrota por 7 x 1 sofrida pela seleção brasileira nesta terça-feira, no jogo contra a Alemanha, será uma “vergonha passageira” e não deve afetar a imagem do país, segundo o brasilianista Peter Hakim, presidente emérito do instituto de análise política Inter-American Dialogue, com sede em Washington.
 
“Vai passar muito rápido. Não acho que vá ter muito impacto na imagem do Brasil, em sua influência no mundo”, diz Hakim.
 
Para ele, o sucesso da Copa do Mundo até agora – apesar da derrota da seleção brasileira – está apagando a imagem negativa que se formou sobre o Brasil durante os preparativos.

“Antes do início da Copa, houve muitas reportagens negativas sobre os preparativos do Brasil, na imprensa nacional e brasileira. Falavam sobre os fracassos do Brasil em se preparar para a competição de forma eficiente”, disse Hakim à BBC Brasil.

O analista observa que as críticas eram de que os trabalhos estavam lentos, que o Brasil não conseguiria deixar tudo pronto a tempo e que a organização estava sendo feito de forma desleixada.

Segundo Hakim, essa imagem mudou após o início da competição, quando tudo correu bem.

“O fato é que os jogos em si correram extremamente bem, os estádios estão bonitos, multidões estão acompanhando, os protestos têm sido limitados. A Copa do Mundo está apagando a imagem do Brasil como de certa forma incompetente nos preparativos”, afirma.

O analista afirma que, caso as previsões fossem corretas, o Brasil corria o risco de ser visto como um país de terceira classe em termos de capacidade de organização de infraestrutura.

“Mas isso já passou, a maioria está falando sobre como os jogos foram bem. O Brasil não será visto como bem-sucedido com sua seleção, mas será reconhecido como um país que cumpriu o que se esperava dele”, acredita.

Eleições

Para o analista, o desempenho do Brasil no campeonato não deve ter impacto nas eleições.

Hakim afirma que os brasileiros “são espertos o suficiente” para garantir que o resultado em uma partida de futebol não afete o resultado de uma eleição.

“O futebol desperta paixões enormes (no Brasil), mas isso não significa que vá afetar a maneira como as pessoas votam.”

 

Redação

5 Comentários

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  1. Pena que precisemos do aval

    Pena que precisemos do aval de estrangeiros para que as pessoas acreditemna nossa capacidade e competencia, não é Sen. Álvaro Dias?

  2. Também acho isso. O nosso

    Também acho isso. O nosso futebol, desde a lei pelé, se trasformou num mercado de jovens vidas nas mãos de velhas raposas corruptas. O que ficou para o mundo, não para nossa corrupta e participante do grupo dos golpistas da gbf, já comprovado, é a imagem de competência, de um país de realizou a COP DAS COPAS e, isso,  deixaria qualquer cidadão de outro país muito orgulhoso. Mas, cidadão “brasileiro” foi treinado para odiar seu país, por isso que os analfebetos funcionais são tolamente enrolados na trama sórdida dos poderosos. E digo, mais: não seria nada impossível essa goleada ter sido encomendada, não exatamente os sete gols, mas a derrota da seleção teria que acontecer para “manchar” uma copa onde tudo estava correndo muito bem em termos de infraestrutura, tão terrorizada pela corrupta mídia que tem vínculos muito estreitos com a cbf.

  3. Para mim, houve um VEXAME mt

    Para mim, houve um VEXAME mt grande nesta copa ! A vaia orquestrada pelos oposicionistas brasileiros contra uma presidente eleita pelo povo do país, e que o mundo todo foi obrigado a ver. Isto foi muito maior e doeu mais no coração do que o jogo contra a Alemanha. Foi uma grande derrota mesmo, mas jogo é jogo ! Não é por isto que a  Holanda acabou, apesar de ter tantos times bons, inclusive aquele chamado de Laranja Mecânica, jamais ter sido campeã e uma Itália, não me lembro o ano, ter começado capengando e até perdendo na 1a. fase, chegou campeã no final.  Aqueles que vaiaram não mereciam mesmo um Brasil vencedor do jogo. Mas ganhamos pela copa realizada e pelos turistas que estiveram aqui.

  4. 7 a 1? Que se dane.

    O Brasil é o país do futebol, mas já não precisa dele para se auto afirmar, as realizações dos governos Lula e Dilma, causam mais alegria que uma copa do mundo. Perdeu-se a copa, ganhou-se respeito da imprensa estrangeira, só a nacional continua a achincalhar tudo o que diz respeito ao governo, mas se esquece que a copa não é organizada pelo país que a sedia e nisto fomos campeões em competência. Milhares e milhares de turistas virão ver de perto e ao vivo o país que sediou a melhor das copas, destarte a corrução da FIFA, da CBF e seus dirigentes. Não é assunto nosso.Assunto nosso são os tres milhões de barris de petroleo e gas que a Petrobras produzirá talvez já neste mes. Assunto nosso é a fábrica de papel em Imperatriz-(MA), que foi inaugurada este ano, que gera 3.000 empregos diretos fora os indiretos e que a imprensa nojenta de nosso país não mostrou. Assunto nosso são Pronatec, Bolsa Famila, Ciencia sem Fronteiras e tantos outros programas criados nestes dois governos, ou melhor tres, pois Lula foi eleito duas vezes e Dilma também o será. Perder a copa causa frustração sim, mas ver o meu povo que há mais de quatrocentos anos sentia-se sem dignidade e vivendo numa miséria imposta pelos senhores coroneis de fala calma, bonita e mentirosa, poder, com toda a dignidade, levantar a cabeça e olhar nos olhos do “sô dotô”, é uma vitória que nenhuma das cinco vitórias da seleção pode pagar, e apagar. Viva o Brasil.

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