Após seis meses de impasse, Bolsonaro nomeia novo ministro do TSE

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
[email protected]

Escolhido para o cargo, André Ramos Tavares já elaborou pareceres defendendo Dilma Rousseff e Lula (PT) 

Reprodução

A menos de dois meses para deixar a presidência da República, Jair Bolsonaro (PL) nomeou, finalmente, o advogado e professor André Ramos Tavares para ser ministro substituto do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O mandatário arrastou o processo por seis meses. 

A nomeação de Tavares foi divulgada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (9). O advogado irá substituir o ministro Carlos Velloso Filho, que pediu renúncia do cargo por questões de saúde. 

Tavares não precisa passar por sabatina, nem de aval do Senado para assumir o cargo na Corte Eleitoral. 

Apoiado pelo vice-presidente do TSE, Ricardo Lewandowski, o advogado já elaborou pareceres defendendo Dilma Rousseff e Lula (PT). 

Em 2015, Tavares se manifestou contra o processo de impeachment. Já em 2018, fez um parecer favorável ao registro de candidatura de Lula à presidência.

   “Democracia é coisa frágil. Defendê-la requer um jornalismo corajoso e contundente. Junte-se a nós: www.catarse.me/jornalggn

Enrolação 

Em 4 de maio, o Supremo Tribunal Federal (STF) escolheu, por meio de votação, três nomes para disputar a vaga. A lista tríplice foi encaminhada ao Planalto. 

À época, a relação entre o Executivo e Judiciário estava acirrada, em meio aos ataques de Bolsonaro, que reprovou os nomes escolhidos pela Suprema Corte para o cargo e cogitou devolver a lista. 

Além de Tavares, também disputavam a nomeação os advogados Fabrício Juliano Medeiros e Vera Lúcia Santana. Todos se manifestaram contra a gestão bolsonarista em algum momento nos últimos anos. 

Santana, primeira mulher negra a integrar a lista tríplice do tribunal, chegou a publicar nas redes sociais a opinião: “O bolsonarismo estupra crianças indígenas. Lula fortalece a luta dos povos indígenas. Tá aí a diferença”. 

Medeiros, por sua vez, era criticado por bolsonaristas por ter o apoio do ministro Alexandre de Moraes e por ser advogado do União Brasil (ex-DEM) e do ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Ambos são desafetos de Bolsonaro. 

Ana Gabriela Sales

Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador