Brasil leva até 10 anos para transferir tecnologia das vacinas

Pelo acordo do Butantan, os primeiros lotes da vacina serão apenas envasados e rotulados no Brasil, mas o imunizante em si será importado da China

Jornal GGN – Reportagem da Folha desta quinta (22) mostra que os laboratórios e institutos brasileiros que atuam no ramo das vacinas levam até 10 anos, em média, para transferir tecnologia prevista em acordos com outros países.

Pelo modelo previsto nas de PDPs (parcerias de desenvolvimento produtivo), nenhuma transferência de tecnologia de vacina vinculada ao Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde foi concluída até hoje. A exceção é a vacina da gripe, ainda assim em processo muito longevo, de 14 anos.

As PDPs, segundo a Folha, passaram a ser chamadas assim em 2012. Além da compra das vacinas no exterior, os acordos incluem recursos para construção ou readequação das fábricas, incorporação da tecnologia e treinamento. “A farmacêutica se compromete a treinar e a capacitar a equipe nacional. Em contrapartida, os laboratórios mantêm um acordo de, no mínimo, quatro anos de compra de doses, sendo que no primeiro ano fazem apenas envase e rotulagem — o que deve acontecer com a vacina da Sinovac no Butantan.”

Pelo acordo do Butantan, os primeiros lotes da vacina serão apenas envasados e rotulados no Brasil, mas o imunizante em si será importado da China.

Outros exemplos: as vacinas do HPV, dTPA (difteria, tétano e pertussis acelular) e hepatite A tiveram acordos de compras por 5 anos, ampliados para 10 anos, para finalização dos processos pelos laboratórios envolvidos. ​

A reportagem não estimou quanto tempo a vacina de Oxford, com transferência de tecnologia para Bio-Manguinhos (Fiocruz), e a vacina da Sinovac, demorarão para concluir todo o processo.

Redação

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