Clint Eastwood e a conversa imaginária com Obama

Da Folha

‘Conversa’ de Clint com Obama escandaliza a Hollywood liberal

FERNANDA EZABELLA
DE LOS ANGELES

Patético, vergonhoso, doido. A Hollywood liberal não foi nada generosa com a aparição de Clint Eastwood, 82, na Convenção Nacional Republicana, anteontem, em Tampa, quando o diretor fez uma entrevista imaginária um tanto agressiva com uma cadeira representando o presidente Barack Obama.

Eastwood, que coincidentemente (ou não) lança um filme no final deste mês, começou seu discurso afirmando que nem toda a indústria do entretenimento em Los Angeles é liberal e que há, sim, muitos conservadores e republicanos. Poucos destes surgiram para defendê-lo.

“Clint, meu herói, está parecendo triste e patético. Ele não precisava fazer isto, é indigno”, escreveu o crítico de cinema Roger Ebert, em sua página do Twitter.

O apresentador e comediante Bill Maher também foi duro: “Wow, quem sabia que Clint Eastwood era um típico idiota de direita?”

“Ainda não sei se Clint está alucinando ou se o presidente realmente está lá invisível”, escreveu Zach Braff, do seriado “Scrubs”.

Para a comediante Roseanne Barr, “Clint está doido”.

Pier Morgan, apresentador britânico de um show de entrevistas da CNN, disse à “Hollywood Reporter” que Eastwood parecia como “aquele tio meio maluco” e que sua participação foi “vergonhosa”.

Mesmo quem não viu ficou com o pé atrás: “Ainda não vi, mas espero que não estrague Bronco Billy para mim”, disse Judd Apatow, diretor de “O Virgem de 40 Anos”, sobre o filme de 1980 dirigido e estrelado por Eastwood.

Entre os conservadores que saíram em defesa do diretor estavam os músicos country Charlie Daniels e Blake Shelton. O primeiro, famoso pelo hit country “The Devil Went Down to Georgia”, escreveu no Twitter: “Clint Eastwood fez meu dia”. Shelton disse apenas: “Eu. Amo. Clint Eastwood.”

Obama reagiu com bom humor. Colocou no Twitter uma foto sentado numa poltrona, junto da frase “esta cadeira está ocupada”.

Luis Nassif

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