Pelo menos 49% dos eleitores brasileiros deixaram de falar de política com amigos e familiares para evitar discussões, em meio ao acirramento eleitoral, segundo dados da última pesquisa Datafolha.
O indicador é mais expressivo entre os eleitores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), onde 54% dos entrevistados afirmaram que deixaram de conversar sobre o tema, enquanto o percentual daqueles que fizeram o mesmo e se disseram eleitores do presidente Jair Bolsonaro (PL) foi de 40%.
Segundo o jornal Folha de São Paulo, a pesquisa também apresentou situações de constrangimento e coação e pediu que os entrevistados identificassem se passaram por algo do tipo: 49% deixaram de falar de política com pessoas próximas, enquanto 15% disseram já ter recebido ameaça verbal e 7%, física.
Dos entrevistados, 54% afirmaram ter vivido alguma situação de constrangimento, ameaça física ou verbal devido às suas posições políticas nos últimos meses – e o contingente é mais elevado entre simpatizantes do PT (63%), eleitores de Lula (58%), mais instruídos (62%), que reprovam o governo Bolsonaro (62%), autodeclarados pretos (60%) e homossexuais e bissexuais (65%).
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