As aulas de jornalismo da Veja

Por S

A revista da Editora Primeiro de Abril já havia criado:

. O grampo sem áudio do presidente do STF

. O vídeo sem imagem de Lina Vieira no Planalto

. O dossiê sem recheio do “grupo de inteligência”

. O contrato sem assinatura do falso empresário

Esta semana o jornalismo investigativo da Veja volta a inovar com:

. O intermediário de monopólio – um tipo que recebe propina para obrigar o Ministério da Saúde a comprar um remédio diretamente do único fabricante, desde que o fornecedor faça um abatimento considerável no preço.

. O off gravado – um amigo do tal tipo contou essa história para o repórter, que gravou tudo mas não pode revelar a fonte, se é que a fonte sabe que foi gravada.

. O favorecimento futuro – o sujeito tem uma empresa que vai bombar quando alguém fizer um decreto que pode modificar uma regra, que pode abrir para a empresa a oportunidade de se adaptar a um setor de serviços que pode vir a existir. Também conhecido como antecipação fraudulenta.

Um abraço do seu leitor

PS: A Capa da Veja é incrível. Se alguém disse aquela frase que sai do balão, em junho de 2009, só pode ter sido um pedreiro que trabalhava na reforma do quarto andar do Palácio do Planalto. Aquela janela correponde ao antigo gabinete do general Félix, do GSI, que agora funciona no segundo andar do Planalto. A Casa Civil, em junho de 2009, funcionava no prédio do Centro Cultural do Banco do Brasil. Nada mais natural, numa revista que faz do ilusionismo uma profissão de fé. E bote fé. 

Luis Nassif

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