Em novo ataque a Moraes, Bolsonaro diz que vai mandar Forças Armadas fechar seções eleitorais no domingo

É falsa a informação de que o TSE sob Alexandre de Moraes proibiu o uso de qualquer figurino verde e amarelo no dia da eleição

Em novo ataque ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ao ministro Alexandre de Moraes, o candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) disse que vai determinar às Forças Armadas o fechamento de seções eleitorais no domingo de eleição, 2 de outubro.

O argumento falso usado pelo candidato é a proibição do uso de camisetas da cor verde ou amarela pelos eleitores. Ao contrário do Bolsonaro diz, o TSE não proibiu que eleitores manifestem em vestimentas a sua preferência política no dia da votação.

“Eu vou determinar às Forças Armadas, que vão participar da segurança: qualquer seção eleitoral em que for proibido entrar com a camisa verde e amarela, não vai ter eleição naquela seção. Ou estamos na democracia ou estamos no Estado do Alexandre de Moraes”, disparou Bolsonaro, usando informações falsas sobre o TSE.

Para incitar a formação de um “mar verde e amarelo” no dia da votação, Bolsonaro disse aos seguidores que Moraes proibiu o uso da camiseta porque está “preocupado” que a eventual vitória de Lula (PT) pareça descolada do apoio que Bolsonaro diz ter nas ruas.

O ataque a Moraes é um ataque à imagem do TSE enquanto instituição, pois colocar em xeque a imparcialidade e a lisura das ações do tribunal, estratégia que Bolsonaro vem adotando há meses para preparar o caminho para rejeitar a derrota.

A fala de Bolsonaro ocorreu durante transmissão ao vivo na noite de quarta (28) pelas redes sociais. A repercussão fez o apresentador Ratinho, do SBT, gravar um vídeo afirmando que irá votar no domingo com a camiseta da seleção brasileira em protesto a qualquer tipo de autoritarismo. “Ninguém vai me impedir de colocar a camisa da seleção nem a camisa que eu quiser”, disse o comunicador.

O TSE não proibiu o uso ou ostentação de símbolos ligados a qualquer candidato. Ao contrário: uma resolução aprovada em 2019 permite que os eleitores manifestem, desde que silenciosamente e sem aglomerações, a sua preferência política, usando bandeiras, broches, adesivos, camisetas ou outros adornos.

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Redação

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