Um candidato que não precisa de adversários

via O esquerdopata

 

O tempo passa e José Serra vai se mostrando inteiro aos eleitores que só o conhecem por meio da propaganda oficial que pinta São Paulo como a versão contemporânea do Jardim do Éden.

Por mais chapa branca que sejam, as entrevistas feitas com ele dia sim, outro também, na óbvia tentativa de torná-lo mais popular, estão, pelo menos, servindo para que surja o verdadeiro Serra: um sujeito totalmente despreparado para exercer qualquer cargo público.

A “sabatina” da Folha é a quintessência do vazio. Serra consegue a proeza de se comprometer com perguntas absolutamente triviais. Atrapalha-se com questões que qualquer outro político apenas um pouco mais esperto tiraria de letra.
É de dar dó.

Os “melhores” momentos da “sabatina” desnudam um sujeito que não tem nada a dizer.

Privatizações

“Isso é usado mais como terrorismo eleitoral do que como realidade.”

Aborto
“Liberar o aborto criaria uma verdadeira carnificina no país.”

Falta de um vice
“Eu também tenho uma enorme curiosidade. Até o fim do mês resolve. Essa não tem sido uma questão estressante para mim, nem para grande parte do PSDB.”

Bolsa Família
“É uma pena que você tenha pesquisado e deixado de ver o que o Lula falou. Antes de ser presidente, Lula e o PT chamavam o programa de Bolsa Esmola.”

Acabar com o Bolsa Família
“Isso nunca me passou pela cabeça. É como dizer que é contra a energia elétrica, a água encanada.”

Gripe suína
“Essa é uma das grandes gozações que eu sofri na minha vida pública, a coisa do porquinho.”

Uso da máquina
“Por exemplo, falar de crack e no dia seguinte vir um programa contra o crack.”

Bolívia e as drogas
“Nada contra o povo boliviano. É um país que tenho muito carinho. Agora, que o governo lá faz corpo mole, faz.”

Sair do país na ditadura
“Viver na clandestinidade, se você tem cara conhecida, é praticamente impossível.”

Fim da CPMF
“A CPMF, quando foi extinta, já não estava mais vinculada à saúde. Essa história de que prejudicou a saúde é conversa. O dinheiro da saúde já vinha escasseando, porque o governo deixou de mandar.”

Royalties do pré-sal
“A questão dos royalties nunca poderia ter sido levantada em ano eleitoral. Para que? Criou-se a sensação de que o pré-sal está aí na esquina. Levantar em ano eleitoral é trazer a discórdia e a desavença para o país.”

Exclusão do Morumbi da Copa de 2014
“Por mim, teria feito no Morumbi. Não teria acontecido nada. As obras que cabiam ao governo do Estado, nós nos encarregamos. Aquilo que precisava do governo, nós garantimos tudo.”

Irã
“O Brasil entrou num caminho que não tinha mais volta. Eu não teria feito essa negociação. O presidente Ahmadinejad não é alguém confiável. Guardando as proporções, é como o pessoal que confiou em Hitler.”


Felizmente, faltam ainda muitos dias para a eleição.
Até lá, certamente, Serra escorregará em muitas cascas de bananas espalhadas no seu caminho pelos seu próprios aliados.

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador