O editorial publicado pelo jornal Folha de São Paulo na última semana foi alvo de críticas não só do público como do próprio ombudsman, José Henrique Mariante.
Na ocasião, a publicação elogiou a volta do ex-presidente Jair Bolsonaro ao Brasil, depois de passar meses nos Estados Unidos, considerando inclusive o bolsonarismo como ‘uma oposição saudável ao PT’ se abandonasse a violência e o autoritarismo.
Como aponta Mariante, “será sempre difícil dissociar o bolsonarismo de sua atuação na pandemia, do atraso na vacinação, do descaso com a educação, do estrago ambiental, da violência armamentista, para ficar apenas em alguns pontos bem documentados de seu legado. A polarização política certamente piora a percepção”.
Diante da repercussão negativa, foi publicado um Erramos que apenas ampliou o texto publicado. Na ocasião, o jornal afirmou que a versão publicada por uma anterior “por erro da Redação”, uma vez que o texto em questão apresenta “uma conclusão diferente da aprovada para a edição impressa”.
“”A conclusão diferente”, que as redes sociais salvaram e bombardearam de volta ao ombudsman, é a de que “o bolsonarismo pode dar vigor à política brasileira””, afirma Mariante, mostrando que a intenção do redator de apontar um bolsonarismo do jornal foi refreado.
Leia Também
Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.
A Folha sempre foi uma espécie de Maria Batalhão do jornazismo brasileiro. Quando não rebola para salvar o capitão mercado ela fica de quatro para um general do exército.
A Folha achar o bolsonarismo uma “oposição saudável ao PT” só confirma o viés que há muito se dissimula em suas páginas.