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Por Catarina C.
Comentário ao post “Jovens vão às ruas e nos mostram que desaprendemos a sonhar“
Esse é mais um bom texto político que fala sobre coisas ou conceitos “fundamentais” e infelizmente não chega a um ponto verdadeiramente fundamental. Fundamental é a condição de miséria humana, essa matéria de que somos feitos. Fundamental é entender que há incapacidade humana em convívio social e de grupo, falta total de união e de entendimento sobre tudo e todos.
Não existe solução política para nenhum problema do planeta. Fundamental é o ser humano progredir, finalmente, ao menos um passo em direção à tolerancia pacífica que pode levar ao entendimento que vai “fundamentalmente” oferecer uma nova resposta para esses velhos problemas. Realmente um novo protesto e uma nova lei não vão trazer nada de volta, tão pouco justificar o que ainda está pendente, só uma nova consciência, de paz quem sabe, poderia mudar alguma coisa, ao invés de seguirmos apontando o dedo na cara um dos outros, clamando por “sonhos libertários dos anos 60”, por “justiça”.
Moleques que depredam ônibus não fazem ninguém descobrir que desaprendeu a sonhar. Só fazem mostrar que continuamos na mesma, que ainda se tenta a mesma velha resposta, mesmo que ela já tenha falhado tantas vezes. Nunca sonhamos coletivamente, senão já teriamos contruído algo, cada um sonha sozinho, por si e para si. “A cada minuto morrem 5 crianças por desnutrição no mundo” diz relatório da FAO. E as pessoas querem sonhar… Sonhar com o que?
Quem sabe poderiamos sonhar amadurecer um pouco, para um dia ter a graça de descobrir o que é fundamental. Que egoísta querer libertáriedades dos anos 60, sonhos de sei lá o quê quando existe nesse mundo campos de refugiados, crianças morrendo a cada minuto, bombas de fósforo branco e toda aquela infinidade de barbaridades com as quais convivemos, que grande egoísmo. Que limitação, que incapacidade de olhar ao redor e que flata de coração para se compadecer com algo minimamente mais fundamental que qualquer coisa citada nesse texto. Com todo o respeito, essa é só mais uma opinião.
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