Genial/Quaest mostra impactos de ataques de Ciro e Tebet na rejeição a Lula

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Pesquisa Quaest indica aumento do antipetismo e a rejeição à Lula

Lula em debate presidencial – Foto: Reprodução

As últimas movimentações da corrida presidencial dão sinais para as campanhas sobre o que vem beneficiando e o que vem prejudicando o desempenho dos candidatos. A pesquisa Quaest divulgada nesta quarta (14) mostra que cresceu o antipetismo e a rejeição à Lula, enquanto que Bolsonaro manteve ou diminuiu os patamares negativos, ainda que superiores a Lula.

De um lado, Jair Bolsonaro registra uma melhora na sua avaliação de governo e aumentou a quantidade de pessoas (48%) que acreditam que ele “está fazendo o que pode para resolver os problemas do país”.

Em julho, 51% o criticavam contra 45% que eram favoráveis à sua gestão para a crise no país.

Da mesma forma, Jair Bolsonaro teve uma queda de 3 pontos percentuais entre os que o rejeitam na disputa eleitoral, passando a 52%. Já a rejeição à Lula teve um aumento de 3 pontos percentuais, passando a 47%.

Nessa mesma linha, diminuiu na margem de erro a quantidade de eleitores (52%) que acredita que Bolsonaro “não” merece um segundo mandato, enquanto que Lula diminuiu em 2 pontos os que apoiam (50%) e em aumentou em 1 ponto os que são contrários.

Antipetismo e antibolsonarismo

Há mais pessoas com medo da continuidade do governo Bolsonaro do que aqueles com medo da volta do PT. Entretanto, dentro da margem de erro, o antipetismo chegou ao pior patamar registrado desde julho, com 42%, e o antibolsonarismo no menor, com 44%.

Impacto de Ciro e Tebet em Lula

A percepção positiva de Jair Bolsonaro e negativa para Lula ocorre paralelamente aos ataques, vistos nos últimos debates e entrevistas, dos demais candidatos contra Lula.

No segundo turno, a menor distância entre Lula e Bolsonaro, com 48% e 40%, respectivamente, traz explicações também nos eleitores de Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB).

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Enquanto que a transferência de votos dos eleitores ciristas e de Tebet era de aproximadamente a metade para Lula, na semana passada, estes eleitores agora diminuíram as intenções de voto em Lula.

No segundo turno, Lula perdeu 5 pontos percentuais dos eleitores de Ciro e 14 pontos de Tebet. Já Jair Bolsonaro ganhou 2 pontos dos ciristas e 13 pontos de eleitores de Tebet.

A pesquisa Quaest ouviu 2 mil eleitores e tem margem de erro de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

1 Comentário

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  1. Genericamente, é justo que qualquer candidato lute por seu eleitorado até o fim.
    Mas numa situação de escolha entre a luz e escuridão, isto só é razoável até o ponto onde as chances sejam razoáveis. Se p.ex. a 1 semana das eleições os demais candidatos tenham um “resíduo” do eleitorado, sem chances razoáveis de alcançar um 2°turno …E… eles tiverem uma posição sobre o que é luz ou escuridão …E… eles tenham um compromisso sério com a nação, é esperado que sinalizem um voto útil para que a nação escolha entre o que tem chances reais de prevalecer: a escuridão ou a luz.

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