A surpresa no primeiro recenseamento da Alemanha unificada

Do DW – Deutsche Welle

ALEMANHA – Censo reduz população da Alemanha em 1,5 milhão

 

Do DW – Deutsche Welle – Edição Renate Krieger / Alexandre Schossler

Primeira contagem desde a Reunificação mostra que no país vivem menos pessoas do que se esperava: 80,2 milhões. Também o número de estrangeiros é menor que o estimado.

O primeiro recenseamento da Alemanha reunificada constatou que a população da maior economia europeia é menor do que se pensava. Pelos novos números oficiais, o país tem 80,2 milhões de habitantes – cerca de 1,5 milhão a menos que o estimado pelo Departamento Federal de Estatísticas (Destatis).

Os primeiros resultados do censo realizado em 2011 foram apresentados nesta sexta-feira (31/05) em Berlim, pelo Destatis. O número exato de habitantes, na data-base 9 de maio de 2011, é de 80.219.695. Os censos anteriores datavam de 1987, na então Alemanha Ocidental, e de 1981, na Alemanha Oriental.

Por causa da defasagem, matemáticos já esperavam que a contagem trouxesse surpresas. Para estimar a população do país, o Destatis se apoiava em dados dos cadastros das cidades. Na Alemanha, todos os moradores são obrigados a se cadastrar na prefeitura quando se mudam para uma cidade.

Como muitas pessoas deixam de se descadastrar quando vão embora – por exemplo estrangeiros ou estudantes vindos de outros países – esses números são superestimados e, com o passar do tempo, cada vez mais inexatos.

Os recenseadores não questionaram todas as pessoas que vivem no país, mas cerca de 10 milhões de pessoas escolhidas aleatoriamente. O censo se baseia ainda em informações fornecidas pelos cadastros das prefeituras e pelos proprietários de imóveis do país.

O levantamento obedece a uma diretriz da União Europeia (UE), que prevê que todos os países-membros realizem recenseamentos. A contagem deve ser repetida a cada dez anos.

Menos imigrantes do que se pensava

A maior diferença constatada na pesquisa foi em relação aos estrangeiros que vivem na Alemanha. A nova estatística mostra que 6,2 milhões de habitantes do país mais populoso da UE têm outra nacionalidade, ou 1,1 milhão de pessoas a menos do que o calculado anteriormente. A maioria dos estrangeiros vêm da Turquia, seguida da Polônia e da Rússia.

Cerca de 15 milhões de pessoas que vivem na Alemanha, ou 19% da população, têm raízes estrangeiras – são consideradas as pessoas que entraram no país depois de 1955, bem como os filhos delas.

As cidades com mais de 1 milhão de habitantes são quatro: Berlim, Hamburgo, Munique e Colônia. Há mais mulheres do que homens no país: 41 milhões ante 39 milhões.

Cerca de um quinto da população tem mais de 65 anos, o que equivale a 16,5 milhões de pessoas.

Em maio de 2011, havia quase 34 mil pessoas vivendo em uniões civis homossexuais na Alemanha. Dessas, 40% eram de mulheres vivendo juntas. O número de crianças que vivem em famílias registradas como uniões civis de homossexuais é de 5.700.

Cerca de 40 milhões de cidadãos – mais ou menos a metade da população – são economicamente ativos. Desse total, 53,2% são homens e 46,8%, mulheres, uma proporção vista como equilibrada. A população entre 15 e 74 anos de idade que trabalha representa 65,4% do total.

RC/afp/dpa/kna/edp


Luis Nassif

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