O atentado em Estocolmo

Mais sobre o atentado em Estocolmo. E fica a preocupação sobre a que ponto a coisa poderá chegar

Da Folha

12/12/2010 – 17h54

Iraquiano foi responsável por ataque em Estocolmo, diz jornal

DE SÃO PAULO

O iraquiano Taimour al-Abdaly foi o responsável pelos ataques em Estocolmo, na Suécia, que supostamente resultaram na sua própria morte, segundo informou o jornal “Daily Mail” neste domingo.

O site do jornal também traz a foto do homem de 29 anos, que trabalhava fazendo propaganda com cartazes de um restaurante na rua central da capital sueca, onde o ataque ocorreu.

A suposta página do iraquiano no Facebook também indica que ele se graduou em terapia esportiva em uma universidade em Bedfordshire, na Inglaterra, no ano de 2004.

No seu perfil, havia um grande número de postagens relacionadas à Guerra do Iraque, à causa Tchechênia e à base de Gunatânamo.

Reprodução/Dailymail.co.uk

Ainda de acordo com o jornal, al-Abdaly era muito ativo em sites muçulmanos, onde ele dizia que procurava por uma segunda mulher para se casar.

“Em uma mensagem no site Muslima.com, ele disse que nasceu no Iraque e que se mudou para a Suécia em 1992. Ele disse que tinha duas filhas, uma com três anos e outra com menos de dois. Ele disse que queria se casar novamente, e que sua primeira mulher concordara com isso”, relata o jornal.

FURO

O site islâmico Choumokh al-Islam foi o primeiro a dar o nome e foto do suposto terrorista suicida.

“Chumokh al-Islã dá um grande furo: uma foto exclusiva do autor do atentado na Suécia”, declara o site.

“Nosso irmão, o mujahedine Taymur Abdel Wahab, executou a operação mártir em Estocolmo”, informa o site na legenda da foto.

A fotografia mostra um jovem vestido de preto, com óculos escuros e as mãos no bolso, diante de uma paisagem verde.

Hoje, a polícia da Suécia afirmou que as duas explosões que atingiram o centro de Estocolmo, capital do país, foram ato de terrorismo, aparentemente cometido por um homem-bomba. Duas pessoas ficaram levemente feridas e uma pessoa, que a polícia identificou como o terrorista, morreu.

O porta-voz da polícia, Anders Thornberg, disse neste domingo que a investigação trata o ataque como “um crime de terror”.

REUTERS/Reuters TVBombeiros tentam pôr fim ao carro em chamas no centro de Estocolmo, na Suécia; havia um carro com botijão de gás, diz repórterBombeiros tentam pôr fim ao carro em chamas no centro de Estocolmo, na Suécia; havia carro com botijão de gás

O Serviço de Segurança Sueco (Säpo), que assumiram a investigação do caso, não confirmaram a informação veiculada neste sábado pela imprensa de que, minutos antes das explosões, recebeu um e-mail que pedia para “atingir” a Suécia por sua participação na guerra contra o grupo islâmico Taleban no Afeganistão.

As autoridades suecas decidiram, por enquanto, não aumentar o grau da ameaça terrorista no país, embora tenha aumentado a quantidade de agentes em vários pontos importantes de Estocolmo.

Pouco depois das explosões, a imprensa sueca e as autoridades já falavam da suspeita de um ataque terrorista. Neste sábado, pelo microblog Twitter, o ministro sueco das Relações Exteriores, Carl Bildt, confirmou que foi evitada a “catástrofe” de um ataque terrorista.

“Houve uma muito preocupante tentativa de ataque terrorista em um setor muito povoado do centro de Estocolmo, que fracassou, mas que seria realmente catastrófica”, escreveu Bildt no twitter.

ATAQUE

Segundo o canat de TV sueco SVT, as duas explosões ocorreram por volta das 17h (14h em Brasília). As explosões ocorreram próximas a um shopping center de Estocolmo, a uma distância de 200 metros uma da outra.

A primeira explosão feriu duas pessoas levemente, disse o porta-voz do serviço de emergência Bernt Norberg.

O canal estatal informou ainda que próximo ao corpo do terrorista havia uma mala cheia de pregos –que seria utilizada para ampliar o impacto da explosão.

A agência de notícias sueca TT revelou que no início da noite de sábado, dez minutos antes das explosões, recebeu um e-mail em árabe e em sueco alertando para “ações” iminentes e que convocava os “mujahedines” à rebelião na Suécia e em toda a Europa.

“Agora, suas crianças, mulheres, irmãs e amigos vão morrer”, ameaçou o e-mail, que fazia referência à presença das tropas suecas no Afeganistão.

Luis Nassif

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