Itamaraty deixará de ser “casa do MST” e privilegiará o agronegócio, diz chanceler de Bolsonaro

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Agência Brasil

 
Jornal GGN – Ernesto Araújo, o novo ministro de Relações Exteriores escolhido por Jair Bolsonaro, disse no Twitter que o Itamaraty deixará de ser “casa do MST” e privilegiária o agronegócio. “Nos governos petistas, o Itamaraty foi a casa do MST. Agora estará à disposição do produtor.”
 
“Estamos criando no Itamaraty um Departamento do Agronegócio para trabalhar junto com o Ministério da Agricultura na conquista de mercados internacionais. Daremos ao agro a atenção que no MRE ele nunca teve”, anunciou.
 
Segundo Araújo, “o setor produtivo agrícola identifica-se profundamente com os valores da nação e os defende, tanto que apoiou e apóia maciçamente Bolsonaro. Mas o establishment da velha política e da velha mídia quer usar o agro como pretexto para reduzir o Brasil a um país insignificante.”
 
Araújo escreveu no Twitter que “algumas negociações comerciais em curso são ruins para a agricultura. Vamos reorientá-las em benefício dos produtores brasileiros.”
 
“Orientaremos as Embaixadas a promoverem os produtos agrícolas brasileiros ativa e sistematicamente. A APEX será direcionada no mesmo sentido.”
 
Na visão do novo chanceler, o “establishment” quer jogar “a agricultura contra os ideais do povo brasileiro”, mas não conseguirá. “O trabalho incansável, a fé, a inventividade, o patriotismo dos agricultores são a própria essência da brasilidade.”
 
“Defenderemos o produtor brasileiro, nos foros internacionais, da pecha completamente falsa de ser agressor do meio ambiente. O produtor agrícola brasileiro contribui para a preservação ambiental como em nenhum outro lugar do mundo.”
 
“A pujança agrícola será parte do projeto de engrandecimento do Brasil. Ao mesmo tempo, a projeção de um Brasil confiante, grande e forte servirá ainda mais aos interesses da agricultura”, finalizou.
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

12 Comentários

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  1. Tosco demais

    eu não consigo acreditar em certas pessoa que são colocadas em cargos de alto escalão. No gov. Dilma, o pior foi um min do Turismo que ficou um dia no cargo, depois de levar a miss Bumbum pra tirar foto no gabinete do ministro.

    Mas esse Ernesto Araújo, meu xará (buááááááá), é demais. É um idiota completo. Será que o Mourão não dá um conselho no Bolsonaro antes que o estrago seja grande demais? Não to acreditando nisso.

    A min. do pé de goiabeira é só tristemente engraçada, mas o Ernesto (buáááá) é de fuder. Mesmo que eu torcesse pro gov. Bolsonaro dar certo, não teria chance. É mais fácil eu ganhar na mega da virada.

  2. Merece as cinco estrelas

    “La vem o pato, pato aqui, pato acola. La vem o pato para ver o que é que ha. O pato pateta, pintou o caneco, surrou a galinha, bateu no marreco… “

  3. Qual a relação do Itamaraty

    Qual a relação do Itamaraty com o MST? 

    Definitivamente vivemos um pesadelo medonho dentro de um noite sem fim. Aliás, vivemos o fim.

  4. As exportações brasileiras de

    As exportações brasileiras de produtos agrícolas aumentaram de maneira consistente durante os governos petistas. Portanto, ao contrário do que esse imbecil disse o Itamaraty nunca foi a casa do MST.

    No fundo, o Ministro das Relações Extraterrestres de Bolsonaro está prometendo mais do mesmo. Mas existe um problema. Ele não poderá cumprir sua promessa, pois as exportações agrícolas irão declinar assim que o Brasil começar a hostilizar por razões ideológicas os compradores dos nossos produtos. 

    Em três ou quatro meses os ruralistas pedirão a cabeça de Ernesto Araújo. Não ficarei surpreso ou triste se ele for guilhotinado em praça pública, pois a tigrada que assaltou a presidência “com o STF com tudo” tem uma predileção mórbida pela violência e defende a pena de morte.

     

  5. Espera ele descobrir

    Espera ele descobrir que muitos dos paises europeus por exemplo nao compram produtos agricolas brasileiros, pq a maioria dos agrotoxicos usados no brasil sao proibidos no bloco. Fora que com a transferencia da embaixada israelense, o tufo que vai tomar dos paises arabes na agropecuaria, vai ser enorme. 

    Eu diria para as pessoas melhores informadas se prepararem, se tiver investimento no Brasil, transfira para o exteriror em algum mercado seguro como o ingles. Eles nao vao so quebrar a econonomia, como vao desvalorizar o real a valores absurdos como na argentina. Veja o plano do Guedes, ta la. 

  6. Ele não é tosco, vejam a
    Ele não é tosco, vejam a manipulação discursiva gritante que ele faz. Como diz Jessé de Souza, esse povo está agudizando o discurso de que o mercado e o privado são as fontes de virtude na sociedade e o Estado e o público são as fontes do crime, quando é obviamente o contrário. Mas apelando ao antipetismo, o safado consegue salvo conduto para as putarias que vai aprontar. Repito, ele não é burro.

  7. Eu estou curioso para ver

    Eu estou curioso para ver como Araújo pretende “aumentar as exportações agrícolas” ao mesmo tempo que ele hostiliza de forma infantil a maioria dos países que compram os produtos agrícolas brasileiros.

  8. Até imagino como seria se
    Até imagino como seria se Sérgio Porto estivesse vivo hoje com seu Stanislaw Ponte Preta e o Febeapa. Estaria atolado até as orelhas tentando compilar esse festival de besteiras que assola o pais, e o governo ainda nem começou. Os próximos anos serão prolíficos em material, suficiente para uma edição de múltiplos volumes que só perderia para Enciclopédia Britanica

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