Jogada eleitoral internacional, Bolsonaro se reúne com Elon Musk

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
[email protected]

Oficialmente, trataria de internet em escolas rurais e monitoramento da Amazônia. Mas Bolsonaro está interessado em apoio digital

O bilionário Elon Musk reune-se com Jair Bolsonaro nesta sexta-feira (20), em encontro organizado pelo ministro das Comunicações, Fábio Faria.

Faria espera do pretendente a dono do Twitter medidas na linha do que Bolsonaro considera “liberdade” nas redes, como o fim do banimento de usuários da plataforma, além de repercussão orgânica ao mandatário que tenta a reeleição este ano.

“Com ele, ninguém será banido”, disse Faria à CNN. O CEO da Tesla e da SpaceX, homem mais rico do mundo, dono de uma fortuna estimada em US$ 210 bilhões, anunciou a compra do Twitter, mas a negociação está hoje paralisada.

Segundo o empresário, a suspensão da compra teria como motivo “aguardar detalhes pendentes que o apoiam o cálculo de contas spam/falsas representam de fato menos de 5% dos usuários”.

Após anunciar a aquisição da rede social, Elon Musk deu declarações na linha de “liberdade”, afirmando que iria reverter o banimento do ex-presidente dos EUA, Donald Trump. O comentário foi escutado pelo governo brasileiro como um possível gesto também para Bolsonaro.

LEIA:
Elon Musk compra Twitter: esquerda foge da rede e extrema-direita robustece bolsonarismo
Por US$ 44 bilhões, Elon Musk leva Twitter
Elon Musk e o exemplo do jogo ideológico da violência no capitalismo

Oficialmente, o encontro teria outro objetivo: apresentar propostas de Musk para conectar escolas rurais com internet e sistemas de monitoramento da Amazônia.

Também visando as eleições, tratar de possíveis soluções para o desmatamento da Amazônia, do qual Bolsonaro não se responsabiliza, seria uma das mais fortes estratégias do candidato para minimizar a imagem internacional sobre o seu mandato.

O encontro ocorre no hotel Fasano Boa Vista, um hotel de luxo em Porto Feliz, interior de São Paulo. O empresário chegou por volta das 9h em um aeroporto privado de São Roque, cidade próxima.

Democracia é coisa frágil. Defendê-la requer um jornalismo corajoso e contundente. Junte-se a nós: www.catarse.me/jornalggn

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

3 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Esse cara, como já se disse, é um holograma. De palpável, o que se tem é uma montadora de veículos. Montadora não é fábrica. E uma empresa de ‘vender ‘ terreno na lua.
    Agora, tem muito gogó e uma média comprada pra dar vazão as suas besteiras.

  2. Não subestimem, os EUA é dúbio, o que importa é controlar, o Brasil virou algo irreconhecível, militares até hoje caçando comunistas e tomando VIAGRA, infelizmente a mídia repercute essa idiotice, e não repercute a população passar fome comer osso e até não comer nada, infelizmente é essa a nossa realidade, cinco grupos controlam a comunicação do Brasil, religiões que são seitas escravizaram os incautos, que lhes dão todo o fruto do seu trabalho, com medo do demônio, e de não irem para os céus. Um país laico não poderia aceitar, isso como governo e lhes dá tanto dinheiro público, em nome de deus, e em nome da família, a PF, MP e etc. se submeteram a bandidos mercadores da fé. É o que eu acho.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador