Prisão de Lula foi injusta e Dilma tem ‘mãos limpas’, afirma Papa Francisco

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
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Líder católico usou conceito de lawfare ao se referir sobre o caso brasileiro. Papa estava hospitalizado, mas recebeu alta nesta manhã

Agência Brasil

O Papa Francisco afirmou que o presidente Lula (PT) e a ex-presidenta Dilma Rousseff (PT) são inocentes e vítimas do perversidade do lawfare, ao citar casos de politização do direito em toda a América Latina.

A declaração do pontífice foi dada em entrevista à rede argentina C5N, divulgada nesta quinta-feira (30). A conversa foi gravada antes do religioso ser hospitalizado na última quarta (29), em um hospital em Roma. Na manhã deste sábado (1), o Papa recebeu alta e já está no Vaticano.

O pontífice se referiu a Lula e Dilma ao ser questionado sobre o lawfare, prática que consiste na perseguição midiática e política de líderes por meio da politização do direito.

O lawfare abre caminho nos meios de comunicação. Deve-se impedir que determinada pessoa chegue a um cargo. Então, o pessoal os desqualifica e metem ali a suspeita de um crime. Então, faz-se todo um sumário, um sumário enorme, onde não se encontra [a prova do delito], mas para condenar basta o tamanho desse sumário. ‘Onde está o crime aqui?’ ‘Mas, sim, parece que sim…’ Assim condenaram Lula“, declarou o Papa

Em outro momento, o jornalista que conduzia a entrevista disse que “inocentes são condenados” e Francisco afirmou que “no Brasil, isso [condenar inocentes] aconteceu nos dois casos“, se referindo a Lula e também a Dilma Rousseff. 

Ainda sobre Dilma o religioso afirmou que a ex-presidente tem “mãos limpas” e que é “uma mulher excelente“. “Não puderam [comprovar que ela tenha cometido irregularidades]. Uma mulher de mãos limpas, uma excelente mulher“, destacou. 

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Saúde do Papa

Na segunda-feira (29), o Vaticano informou que o Papa Francisco iria ao Hospital Gemelli, em Roma, para realizar exames agendados. Logo depois, no entanto, admitiu o pontífice estava tendo dificuldades para respirar e que sofria de uma “infecção respiratória”, por isso necessitava de tratamento com antibióticos.

Após três dias de tratamento para bronquite, o Papa deixou o hospital visivelmente bem e na saída brincou: “Ainda estou vivo“. Aos 86 anos, o argentino sofre com problemas crônicos de saúde.

Agora, segundo o Vaticano, o religioso se prepara para as celebrações da Páscoa, uma das datas mais importantes para o cristianismo. Neste domingo (2), ele irá presidir a missa do Domingo de Ramos, que abre as celebrações da Semana Santa.

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Ana Gabriela Sales

Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.

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