O dia 31 de março, marcado como a data que deu início à ditadura militar no Brasil, deve ser desprezada na visão de 63% dos entrevistados pelo Datafolha entre os dias 19 e 20 de março.
Por outro lado, 28% dos entrevistados acreditam que existem motivos para celebração da data, enquanto 9% não sabem responder.
Tais percentuais apontam uma expressiva mudança de opinião dos brasileiros na pesquisa: a última pesquisa sobre o tema, realizada em abril de 2019, mostrou que 36% dos ouvidos queriam que a data fosse celebrada, ante 57% que desprezavam e 7% que não sabiam opinar.
As opiniões em torno do tema são parecidas inclusive entre aqueles de visão política oposta: 58% daqueles que se dizem bolsonaristas afirmam que a data merece ser celebrada, e 33% acreditam que a data deve ser comemorada.
Esses percentuais caem para 51% e 39%, respectivamente, quando o entrevistado se diz eleitor do PL, atual partido do ex-presidente Jair Bolsonaro.
No caso daqueles que se dizem petistas, 68% pedem pelo desprezo da data, e 26% preferem o elogio ao 31 de março.
Para os entrevistados que se dizem neutros, 60% defendem desprezar e 26%, celebrar.
A pesquisa destaca ainda que os 2% que ganham 10 salários mínimos ou mais por mês são os que mais defendem o desprezo da data, com 80% dos entrevistados, contra 20% que pedem a celebração.
O Datafolha ouviu 2002 com 16 anos ou mais em 147 cidades brasileiras. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou menos, segundo a Folha de São Paulo.
Vale lembrar que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ele mesmo um preso no período da ditadura militar, determinou que não fossem realizadas manifestações relacionadas aos 60 anos do início da ditadura militar.
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O grande problema é que 64 fica este fantasma no país.
Perdemos o bonde das punições, os principais atores estão mortos.
Deveria ficar para os historiadores.
Temos muita coisa para fazer no país.
Pois é, quem sabe a culpa seja das vítimas?
Ora, se o “bonde” da punição passou, certamente o bonde da memória deve continuar a cobrar e a lembrar.
E talvez a punir quem não teve a coragem cívica e política de punir, quando havia tempo.
Resumindo: Lula é um frouxo.
Lula tem uma realidade a lidar.
Sim, a história acabou, o determinismo econômico é o que temos,e a História se reproduz por ela mesma, com uma realidade já pronta.
Enfim, Paulo, quem sabe Camus tenha razão, e o suicídio seja o único problema filosoficamente sério?
Aliás, para que Lula, ou agentes políticos?
Basta esperar e perguntar à realidade, não?
É, em si, uma obscenidade, um ato de violação pornográfica uma pesquisa desse tipo
Do que se trata?
Checar a popularidade da tortura e do suplício?
Dizer que o lulu das FFAA está no mesmo diapasão do humor “popular”, quando pretende esquecer a Redentora?
Santo Zeus.
É essa a ideia de democracia?,
Se dentre 10 pessoas em uma sala, oito votarem pela tortura de morte das outras duas, estará tudo certo
Minha filha, que tipo de jornalismo é esse que replica uma excrescência dessas?
Ora, é justamente esse tipo de “pesquisa”, associada a amnésia institucional de Lula, o lulu das FFAA, que leva a normalização da barbárie.
40 mil mortos por armas de fogo por ano, 65% pretos.
Mais de 50 mortos na baixada santista.
Nada de câmeras nos uniformes.
Policiais que arrastaram um corpo de mulher na caçapa do camburão absolvidos.
Chacinas da Candelária, Vigário Geral, e recentemente, Jacarezinho.
Milícias.
Violência?
Não, expressão policial e estatal do gosto popular.