Durante a participação na Agrishow, em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, o presidente Jair Bolsonaro protagonizou cenas e declarações polêmicas, afirmando que “só Deus” vai tirá-lo da cadeira da Presidência da República, que não irá “cumprir” a demarcação de terras indígenas e chegando a cavalo na feira que é referência tecnológica do setor.
O mandatário quis homenagear o agronegócio, ao usar o cavalo como meio de transporte para chegar à Agrishow, nesta segunda (25). Entretanto, o evento é reconhecido por apresentar o que há de inovações tecnológicas e máquinas do setor.
Jair Bolsonaro, que é pré-candidato à reeleição, abriu seu discurso afirmando: “Quero reforçar aqui. Só Deus me tira daquela cadeira”, antes de partir para as críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a prisão ao seu aliado, o deputado Daniel Silveira.
“Se eles [ministros do STF] querem alguma coisa, acham que podem fazer melhor, que se candidatem. Que sejam a chamada terceira via”, disse.
“No passado soltavam bandidos e ninguém fala nada. Hoje eu solto inocentes”, continuou, sobre a graça concedida ao parlamentar, para que ele não cumpra a pena imposta pela Corte.
Também sobre o Supremo, que está prestes a julgar o marco temporal sobre a demarcação de terras indígenas. O processo foi interrompido após um pedido de vista do ministro Alexandre de Moraes e será retomado para julgamento.
Bolsonaro criticou o ministro Edson Fachin, que havia votado contra o marco temporal, que estabelece que indígenas só tem direito à ocupação de terras após a promulgação da Constituição, e não antes.
“Ou entrego a chave para o Supremo, ou não vou cumprir [assegurar a demarcação de terras indígenas]. Eu não tenho alternativa.”
Em outro episódio polêmico no evento no interior de São Paulo, o mandatário “mandou” o ex-ministro Tarcísio de Freitas, candidato ao governo de São Paulo, a subir no palco, depois que Tarcísio sinalizou que não queria se juntar por pedido da organização do evento.
“Estou mandando você subir!”, ordenou expressamente Bolsonaro ao ex-ministro, que então subiu no palcou.
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Se “a palavra do povo é a palavra de Deus”, imagina-se que o povo vai tirar esse terceiro anti-cristo do Palácio do Planalto nessas eleições de 2022.
“Estamos em guerra”:
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Abraços,
Heraldo