No Senado, Moro vira defensor do agro e da “imunidade parlamentar inviolável”

Ex-juiz e senador, Sergio Moro consegue ver "oposição democrática" por trás dos atos golpistas de 8 de janeiro. Leia no GGN

Sergio Moro faz juramento no Senado
Foto: Agência Senado

O ex-juiz Sergio Moro disse em entrevista ao jornal O Globo que a luta anticorrupção – sua bandeira política na Lava Jato – não será sua única prioridade no Senado, pois ele pretende trabalhar pelo agronegócio.

Moro também defendeu que há “oposição democrática” por trás do questionamento à eleição de Lula, criticando e cobrando a punição apenas pelo vandalismo em Brasília nos atos golpistas de 8 de janeiro.

Na entrevista, Moro não respondeu se seria a favor do impeachment de algum ministro do Supremo Tribunal Federal, limitando-se a dizer que, neste momento, não “propicia um avanço institucional”.

Chamado pelo ex-ministro Celso de Mello de “juiz travestido de investigador”, Moro marcou sua participação na Lava Jato justamente com decisões monocráticas e pressão sobre instâncias superiores para fazer prevalecer sua visão.

Mas no caso do STF, Moro defende frear decisões monocráticas e estabelecer mandatos para os ministros. Além disso, disse que é preciso tirar da Suprema Corte a “competência tóxica criminal”, porque o “foro privilegiado gera uma série de distorções”.

Sobre uma das pautas caras ao bolsonarismo, a conduta do ministro Alexandre de Moraes, Moro disse que ele toma “decisões controvertidas em situações extremas”. Saindo pela tangente, Moro disse que é preciso “olhar pra frente” e retomar a “normalidade institucional, com liberdade de expressão ampla, imunidade parlamentar inviolável e censura proibida pela Constituição.”

Moro ainda atacou Lula pelas críticas do presidente sobre a linha do Banco Central sob o comando Roberto Campos Neto, indicado por Jair Bolsonaro. Para Moro, “Lula está mais voltado à percepção de que a economia não vai crescer, a picanha que foi prometida não vai ser entregue e busca transferir a responsabilidade à autoridade monetária.”

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Redação

5 Comentários

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  1. Resumindo: Sujo Moro era um Zé Roela ligado ao crime organizado bolsonarista; agora ele será um Zé Roela a serviço do crime organizado pelos agroterroristas. Faz sentido. Sujo Moro é o cara, ele também é a cara da bandidagem brasileira.

  2. $érgio Moro, o que você pode fazer a fim de que a economia cresça e a fim de que a população tenha acesso a uma alimentação balanceada e suficiente?
    Em que a autonomia do Banco Central contribui para que a economia cresça e a população tenha acesso a uma alimentação balanceada e suficiente?

  3. $érgio Moro não consegue contribuir para que o Brasil cresça e para que a população tenha acesso à picanha prometida. Ele só contribui para o agro crescer e abastecer o mercado externo, enquanto a população brasileira não consegue a picanha prometida

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