O cenário político paulistano


Analises sem uma grama de realismo.

1.Dividir uma cidade global como SP é legal, politica, administrativa e estrategimente inviavel e irracional. Os maiores problemas, como transito, transportes publicos, lixo, zoneamento e drenagem são MACRO e não podem ser trtados por micro prefeitos.

2.Ao contrario, os maiores problemas da cidade necessitam de tratamento conjunto com as demais cidades da conurbração metropolitana. O sistema de planejamento metropolitano, implantado com sucesso pelo Governo Militar entre 1975 e 1978, com a criação de nove entidades de planejamento metropolitano (SP, Rio, Belho Horizonte, Curitiba,  Porto Alegre, Salvador, Recife, Fortaleza e Belem) foi desmantelado pelos governos da Nova Republica, pois interessa aos partidos politicos a total liberdade para os prefeitos lidarem com o zoneamento urbano, area em que o planejamento metropolitano intervinha com uma visão de longo prazo, atrapalhando o lucrativo balcão municial de “”vender”” alterações do Plano Diretor, um grande negocio nas grandes e medias cidades, alem das cidades litoraneas de lazer. O Plano já é elaborado e aprovado para permitir “”negocios”” com a especulação imobiliaria. Nesse mercado, o Planejamento Metropolitano impede ou complica os “”acertos”” para liberar gabaritos, um dos principais negocios das mafias politicas municipais, ao lado do aumento de tarifa de onibus e fornecimento de merenda e uniformes escolares. A aprovação de plantas de grandes projetos, fabricas, loteamentos precisava ser aprovada pela entidade metropolitana antes da aprovação da Prefeitura. Isso era péssimo para os prefeitos, diminuia sua autoridade e importancia na negociação dessas aprovações.

Sem planejamento metropolitano a gestão das cidades se faz no varejo, caso a caso, é o “”ideal”” para os “”esquemas””. Em São Paulo a EMPLASA, entidade pioneira de planejamento metropolitano, só não foi extinta porque tendo sido criado por lei (Governo Paulo Egydio, um dos melhores da historia de São Paulo) só pode acabar por lei, o que encontra resistencia na Assembleia.

3. São Paulo tem um nucleo majoritario de voto conservador desde o fim do Estado Novo. É uma cidade basicamente de classe media tradicional, Erundina foi eleita por acidente, com o caso das tres mortes na greve da CSN  dias antes das eleições. Marta tem DNA da elite consrvadora mas seu comportamento, perfil, atitudes e postura criaram alto indice de rejeição na classe media, alem disso fez uma péssima gestão, pessimas obras, seu circulo de poder era desqualificado, os paulistanos não esquecem, embora tenha votos em certas areas da periferia (Tatolandia). A candidatura Haddad até agora é virtual, fica deficil saber seu potencial, mas sua gestão na Educação só pode ser boa para minorias e petistas de carteirinha, o mundo desconhece seus exitos nessa pasta. Mais ainda, a candidatura Haddad precisará esmagar a força do diretorio municipal do PT, que é controlado por Marta, o que deixará cicatrizes.

4.Na area tucana há uma fila de candidatos, todos com fraco potencial de votos, não creio que os tucanos tenham chance nesta eleição após a decepção de Serra, que deixou o cargo e o  apavorante Governo Kassab, que até agora não disse a que veio, o Governod do Nada.

5.A terceira força, um eleitorado que não é tucano mas detesta o PT, bem grande em S.Paulo, herança politica que vem desde o velho populismo paulista (  ademarismo e janismo ) e  desembocou no malufismo votará em qualquer outro candidato que seja anti-PSDB e anti-PT e é por ai que nascem as possibilidades de Chalita, um aventureiro sem referencia ideologica ou mesmo geografica, não é paulistano como foram Maluf, Serra, Marta e Kassab,  e não é de direita, nem de esquerda, nem de centro, é dele mesmo, mas que poderá ter uma bagagem consideravel de votos na classes C,D e E ou na pseudo-classe média do “”olha eu aqui de carrinho zero””.

Fica portanto neste momento dificil captar um quadro de prognosticos para ase eleições paulistanas, importantes para o mapeamento das eleições gerais de 2014. A eleição de Prefeito de S.Paulo é um catavento fundamental para sentir a direção do ar politico, muitos presidenciaveis foram Prefeitos de S.Paulo, a cidade é uma caixa de ressonancia de tendencias exatamente porque é uma cidade de cultura politica de classe media, um centro financeiro, de midia, de ideias, de escolas, de carreiras e a cidade que catalisa e sente o pulso do Pais, aonde há menos coronelismo, voto de cabresto, voto miliciano, talvez porisso os grandes partidos investem tão pesado na eleição paulistana, é uma especie de couvert do jantar presidencial.

Luis Nassif

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