Oposição articula CPI dos pastores no MEC, mas presidente do Senado resiste

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
[email protected]

Presidente do Senado, Pacheco escancarou que a proximidade com as eleições é um fator que pesa para a CPI do MEC

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, durante entrevista coletiva – Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

A prisão do ex-ministro Milton Ribeiro reacendeu a tentativa do Senado de criar uma CPI para investigar o escândalo dos pastores no MEC. Mas enquanto a oposição ao governo busca recolher as assinaturas para os trabalhos, o próprio presidente da Senado mostra resistências.

Rodrigo Pachedo (PSD-MG) disse que considerava a prisão de Ribeiro algo “grave” e que o governo de Jair Bolsonaro devia dar explicações. Por outro lado, já decretou que a CPI não irá ocorrer com facilidade.

A primeira prisão no governo Bolsonaro: Milton Ribeiro, pelo esquema dos pastores no MEC

O presidente da Casa quer, antes, reunir os líderes dos partidos para tomar a decisão. Até o início da noite desta quarta (22), o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder da oposição, havia garantido quase a totalidade das 27 assinaturas necessárias para a criação de uma CPI.

Em declaração à imprensa, momentos antes da sessão plenária da noite de ontem, Pacheco escancarou que a proximidade com as eleições é um fator que pesa para a CPI. Caso criada, a CPI prejudicaria Jair Bolsonaro.

“O fato de estarmos muito perto das eleições termina prejudicando o trabalho dessa e de qualquer outra CPI. Talvez seja o caso de submeter ao colégio de líderes esse e outros pedidos”, disse.

Democracia é coisa frágil. Defendê-la requer um jornalismo corajoso e contundente. Junte-se a nós: www.catarse.me/jornalggn

Ainda, eximindo-se da responsabilidade do Congresso com investigações da administração pública, Pacheco indicou ser esse um assunto meramente jurídico.

“A prisão de um ex-ministro é algo grave, precisa ser exaurida a investigação. E é preciso que aqueles que sejam culpados sejam efetivamente responsabilizados. Então é uma questão jurídica que nós temos que ter muita cautela para evitar pré-julgamento.”

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

3 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. CPIs são importantes pois geram conteúdo para o Youtube e o Facebook.
    Fora a cobertura online CNN , BandNews e GloboNews.
    Fora isto nada.
    Em que deu a da COVID ?

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador