Para aliciar militares ao golpe, Braga Netto pressionou e “ofereceu cabeças”

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Confira as mensagens de Braga Netto, então candidato a vice de Jair Bolsonaro, contra militares indecisos sobre o golpe

Foto: Fernando Frazão/Agencia Brasil

Os militares que se opuseram ou não se manifestaram a favor do intento de um golpe de Estado por Jair Bolsonaro foram pressionados. O general Braga Netto, então ministro da Casa Civil, afirmou que ofereceria a “cabeça” de militares que não se posicionassem pelo golpe.

Os investigadores informam que obtiveram provas de “tratativas com militares de alta patente para aderirem a empreitada criminosa” de um decreto de golpe de Estado para impedir a posse de Lula.

Ao mesmo tempo, militares que “estavam resistindo às investidas golpistas” foram alvos de “ataques pessoais” e atuação de militares superiores para retirar suas credibilidades.

As mensagens

Mensagens de WhatsApp reveladas pelos investigadores na pela judicial mostram que o ex-ministro da Casa Civil, Walter Braga Netto, atuou incisivamente para incitar membros das Forças Armadas à aderirem ao golpe.

Aos militares que não apoiassem o golpe, Braga Netto pediu que fosse oferecida “a cabeça”, expressão que detona a pressão ou perseguição que seria feita contra o militar.

Nas mensagens, ele critica e ameaça perseguição ao general Freire Gomes, então comandante do Exército, ao Tenente-Brigadeiro Baptista Júnior, então comandante da Aeronáutica, e ao atual comandante do Exército, Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva:

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