Nem o presidente do PL acreditava que a estratégia de Jair Bolsonaro funcionaria

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Valdemar se encontrou com membros do Judiciário para se proteger da repercussão do relatório sustentado por Bolsonaro

Valdemar Costa Neto, presidente do PL – Foto: Agência Brasil

O relatório do PL que pede a anulação do segundo turno das eleições presidenciais foi uma demanda e articulação de Jair Bolsonaro. Mas o presidente do partido, Valdemar Costa Neto, não entregou o crédito completo para a estratégia do mandatário.

De acordo com as jornalistas Carla Araújo e Juliana Dal Piva, do Uol, horas antes da apresentação do documento que tenta que desmantelar todo o processo eleitoral que elegeu Lula e derrotou Bolsonaro, o autor do estudo foi recebido por Bolsonaro na residência oficial.

Nesse processo, Valdemar apenas “cedeu à pressão do presidente”, sem estar convencido de que a estratégia funcionaria. Ainda, antes da coletiva de imprensa na noite desta terça (22), no qual o presidente do PL leu as conclusões do relatório, o político se encontrou com alguns membros do Judiciário para se velar da repercussão que o documento iria trazer.

Um desses encontros, anunciaram as jornalistas, foi com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, na segunda-feira (21).

Sem contrariar o chefe do Executivo, Valdemar tentou justificar o documento, mas teria explicitado que sabia que a estratégia não teria resultados.

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Assim, a atitude do presidente do PL não teria passado de um “jogo de cena” para agradar Bolsonaro, mas se protegendo junto aos autoridades previamente de ser acusado de antidemocrático.

A falta de credibilidade da estratégia de Bolsonaro ressou não apenas no presidente do PL, como também no entorno e auxiliares do mandatário, que não acreditariam na possibilidade de anulação das eleições, como Jair Bolsonaro quer. Eles sustentam, somente, que as informações precisam ser investigadas.

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

6 Comentários

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  1. Mais uma vez o energúmeno fascista, covardemente, usa um bode expiatório, para suas falcatruas. Quem em sã consciência, tentaria anular uma eleição,que teve a aprovação de todos os órgãos convidados, para auditar e acompanhar o pleito!!!!

  2. *# URGE UM ESCLARECIMENTO: “SE AS URNAS PRODUZIDAS ANTES DE 2020 SÃO IRREGULARES/DEFEITUOSAS PORQUE NÃO HÁ COMO ATESTAR A LEGITIMIDADE DO PROCESSO ELEITORAL, COMO QUER O PL, ENTÃO A ELEIÇÃO DE 2018 É ABSOLUTAMENTE NULA E NULOS SÃO TODOS OS ATOS ADMINISTRATIVOS ASSINADOS POR BOLSONARO, DESDE 1º DE JANEIRO DE 2019 ATÉ HOJE, POSTO QUE TODOS OS VOTOS DAS ELEIÇÕES DE 2018 FORAM COMPUTADOS/PROCESSADOS POR URNAS PRODUZIDAS, EVIDENTEMENTE, ANTES DE 2020, DITAS DEFEITUOSAS” ………………………………………………………………….

    OBS1.: *# Ora, se as urnas de 2020 e anteriores são defeituosas e não podem ser checadas/fiscalizadas porque são IRREGULARES/DEFEITUOSAS, conforme quer o PL, então a eleição de 2018, QUE ELEGEU BOLSONARO, é absolutamente NULA, porque em 2018 todas as urnas utilizadas para processar e computar os votos eram ANTERIORES A 2020 e, portando defeituosas – NÃO PODERIAM, POIS, SER CHEGADAS/FISCALIZADAS. Consequentemente, a eleição de Bolsonaro em 2018 é nula e todos os atos administrativos assinados por ele até os dias de hoje também são nulos.

    OBS2.: NÃO SEI SE MEU RACIOCÍNIO ESTÁ CERTO, CONSEQUENTEMENTE, SOLICITO A PALAVRA OS JORNALISTAS E ESPECIALISTAS DO SITE PARA ESCLARECER A VERDADE E SE MEU RACIOCÍNIO ESTÁ EQUIVOCADO OU CORRETO.

  3. Não sei se entendi direito, mas o PL do Valdemar admite que entrou com uma ação “só pra zoar”, porque o bolsonaro mandou? Se ele conseguir passar pelo Xandão, o fumo vai demorar mais, porém, ele vai chegar de qualquer jeito.

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