Sem destravar dos 3% como terceira via, Doria hoje diz que “respeita” Lula

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Com chances cada vez menores da terceira via nas eleições 2022, o pré-candidato pelo PSDB João Doria afirmou "respeitar" Lula

Com as chances cada vez menores de se apresentar como uma terceira via nas eleições 2022, o pré-candidato pelo PSDB João Doria elogiou Lula e afirmou “respeitar” o ex-presidente.

“Embora eu seja um antagonista ao Lula, eu o respeito. O Lula não é Bolsonaro, o Lula é inteligente e tem passado. Eu tenho posições diferentes das dele, mas tenho respeito por ele”, disse Doria, pré-candidato à Presidência, em entrevista ao Valor.

A declaração entra na contramão do histórico de ataques e ofensas de Doria ao ex-presidente Lula. Se hoje o pré-candidato elogia o “passado” do líder do PT, diversos os episódios de ataques do ex-governador de São Paulo.

“O maior cara de pau do Brasil foi condenado”, comemorava Doria, no Twitter, em 2017, quando Lula foi condenado. Em pré-campanha para a prefeitura da capital paulista, Doria chamava Lula de “um sem vergonha”.

Já eleito, em julho de 2017, o tucano satirizava que visitaria o ex-presidente na cadeia, “em Curitiba”, e que até poderia levar chocolates para ele. Em 2019, antes de Lula ser solto em novembro, e já no comando do governo do Estado, Doria dizia torcer para que Lula passasse “longos anos preso em Curitiba”.

Agora, em meio às insustentáveis chances de ser o nome da terceira via, ou obter sequer visibilidade durante a campanha eleitoral, João Doria diz que “respeita” o “passado” de Lula.

Em entrevista ao Valor, mostra otimismo com “44% de eleitores que não tomaram sua decisão” e que estariam “optando pelo ‘menos ruim'”. Na última pesquisa à Presidência divulgada, a da FSB/BTG, Doria aparece em quarto lugar com 3% das intenções de voto, empatado ainda com o deputado André Janones (Avante).

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

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