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terça, 30 de abril de 2024
Os comentários de Luis Nassif em 2 de novembro de 2020.
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Nassif, a Suprema Corte não deu a presidência a George Bush em 2.000, como tem sido repetido infinitamente desde aquela ocasião. A Suprema Corte não tem esse poder. A constituição americana é claríssima, se houver confusão no Colégio Eleitoral, a Câmara dos Deputados decide quem é o presidente e o Senado escolhe o vice-presidente, SE o Congresso for provocado a esse gesto, o que não ocorreu naquele ano porque Al Gore aceitou a derrota no Colégio Eleitoral e concedeu a vitória a George Bush.
O que a Suprema Corte fez foi interromper a recontagem dos votos na Flórida, o único estado ainda pendente na eleição de 2.000, e cujos 29 votos definiriam o vencedor – Al Gore tinha vencido por mais de meio milhão de votos no total nacional, mas isso nada significa na eleição presidencial americana.
A diferença na Flórida tinha sido de quase 3.000 votos em favor de Bush, o Partido Democrata pediu recontagem e a diferença foi baixando gradualmente a cada seção eleitoral e quando baixou a 547 votos, os republicanos apelaram à Suprema Corte, que parou o processo. Foi isso que aconteceu. Os democratas não quiseram levar a disputa à Câmara dos Deputados, onde teriam vencido, porque eram maioria na casa.
Outro erro comum e repetido por toda a mídia: a mudança da embaixada americana em Israel.
Trump não reconheceu Jerusalém como capital de Israel. Esse erro tem sido repetido infinitamente pela imprensa. Foi o Congresso americano que mudou a capital, numa lei aprovada em 1995, ainda no primeiro governo Clinton. Ocorre que essa lei adiou a mudança em 6 meses e deu ao presidente o poder de revalidar indefinidamente o adiamento a cada semestre. E assim fizeram Clinton, Bush e Obama. Trump apenas se recusou a prorrogar por mais 6 meses, em 2017, quando tomou posse.
Renato: seu comentário vale por um texto. Enxuto…
A verdade sobre a roubalheira que aconteceu na Florida – com a exclusão de milhares de eleitores em potencial de Gore (negros) está documentada na monumental reportagem do jornalista investigativo porreta que é Greg Palast, incluída no seu livro “A melhor democracia que o dinheiro pode comprar”. Diante desse escândalo, os pouquinhos 500 votos que garantiram a “vitória” de Bush não fazem nem cosquinha. O livro está esgotado, mas exemplares usados podem ser encontrados na Estante Virtual:
https://www.estantevirtual.com.br/livros/greg-palast/a-melhor-democracia-que-o-dinheiro-pode-comprar/626746308?gclid=CjwKCAiAnIT9BRAmEiwANaoE1acHbn8DfURWb_3piUZzWoJAAYL4RS2YuiWy0Ug5W9dvUiY5nE45iRoCU-0QAvD_BwE
Repito: um livro essencial – com essa e outras reportagens – para entender como funciona a “democracia americana”. O resto é jornalismo carta branca.
A verdade sobre a roubalheira que aconteceu na Florida, com a exclusão – executada pelo governador do estado e irmão do candidato Bush (!) – de milhares de eleitores em potencial de Gore (negros) está documentada na monumental reportagem do jornalista investigativo porreta que é Greg Palast, incluída no seu livro “A melhor democracia que o dinheiro pode comprar”. Diante desse escândalo, os pouquinhos 500 votos que garantiram a “vitória” de Bush não fazem nem cosquinha. O livro está esgotado, mas exemplares usados podem ser encontrados na Estante Virtual.
Repito: um livro essencial – com essa e outras reportagens – para entender como funciona a “democracia americana”. O resto é jornalismo carta branca.