Novo tratamento de câncer salva homem em estágio terminal

Protocolo promissor inclui imunoterapia antes de cirurgia, quimioterapia e radioterapia para estimular o corpo a atacar as células cancerígenas

Ilustração: autor desconhecido

Um homem de 14 anos, diagnosticado com glioblastoma, um tipo agressivo e maligno de câncer no cérebro, está curado depois de participar de um ensaio clínico pioneiro, com imunoterapia para ativar as defesas naturais do corpo contra as células cancerígenas.

Ben Trotman recebeu o diagnóstico em outubro de 2022 e logo se inscreveu para participar do primeiro estudo terapêutico, tendo em vista que a expectativa de vida dos pacientes é de nove meses, pois a doença se espalha rapidamente pelo cérebro. 

Desde o início dos anos 2000, o protocolo de tratamento do glioblastoma inclui cirurgia para retirar o máximo do tumor possível, pois há casos em que a retirada total do tumor deixaria sequelas graves no paciente. Em seguida, o paciente encara radiação diária e quimioterapia por cerca de seis semanas.

Mas com o novo tratamento, Trotman foi submetido primeiro a um curso de imunoterapia antes de seguir o tratamento padrão. O nome do medicamento usado não foi divulgado e ainda não está amplamente disponível. Um dos efeitos colaterais são fortes dores de cabeça, vistas como um bom sinal pelos médicos, porque demonstram que o sistema imunológico está atacando as células cancerígenas.

Os médicos ficaram chocados com a cura de Trotman e acreditam que a nova terapia traz um novo horizonte para a medicina e para os tratamentos oncológicos. Ben Trotman agora leva uma vida normal.

Glioblastoma

De acordo com a Associação Americana de Neurocirurgiões, a incidência de casos de glioblastoma é de 3,21 a cada 100 mil pessoas. O tempo médio de sobrevivência do glioblastoma é entre 12 e 18 meses, de acordo com a Brain Tumor Charity. Apenas 5% dos pacientes sobrevivem cinco anos depois do diagnóstico.

Agressivo, o glioblastoma pode duplicar de tamanho em apenas sete semanas. Para efeito de comparação, o câncer do pulmão de crescimento mais rápido demora 14 semanas a duplicar.

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Camila Bezerra

Jornalista

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