Jornal GGN – Com a inauguração, nesta quarta-feira, da segunda usina de triagem de material reciclado de São Paulo, a prefeitura paulistana acredita que terá, pela primeira vez, capacidade de reciclar mais lixo do que a cidade produz. A nova usina (acima), na zona sul da cidade, em Santo Amaro, integra um plano que pretende construir mais duas usinas até 2016.
Do Estadão
SP já pode reciclar mais lixo do que produz
BRUNO RIBEIRO – O ESTADO DE S. PAULO
Prefeitura inaugura usina em Santo Amaro com equipamentos modernos e leitor ótico
SÃO PAULO – A Prefeitura inaugura nesta quarta-feira, 16, a segunda usina de triagem de material reciclado da cidade com a promessa de, pela primeira vez, ter uma capacidade instalada de processar mais material reciclável do que a quantidade de lixo separada pelo paulistano. A usina, que fica em Santo Amaro, zona sul, faz parte de um plano que prevê mais duas usinas até o fim de 2016. A partir de agora, mais oito distritos da cidade terão coleta seletiva – dos 96, 67 já tinham.
A primeira usina foi aberta há um mês, na Ponte Pequena, região central. Até hoje, São Paulo tinha convênios com 21 cooperativas de catadores para a separação do material reciclável. Para separar os resíduos e devolvê-los à indústria, essas pessoas abriam os sacos de lixo reciclável e separavam, no olho ou com ajuda de maquinário simples, cada tipo de material.
As duas novas usinas fazem a separação do material de acordo com a dimensão dos resíduos e leitores óticos para organizar os detritos, dando um ganho de produtividade muito maior ao processo – as cooperativas conseguiam separar 250 toneladas de resíduos por dia, mesma quantidade separada por usina. Assim, a capacidade diária de processamento dos resíduos da cidade chega a 750 toneladas/dia.
“Quando as outras duas usinas estiverem prontas, vamos superar a meta que tínhamos de reciclar 10% do lixo da cidade”, promete o prefeito Fernando Haddad (PT). “Essas usinas usam tecnologia do século XXI. São as mais modernas da América Latina”, diz o prefeito.
“A população desconfiava com razão da coleta seletiva porque não havia capacidade de processamento. O morador separava mais do que a capacidade das centrais manuais. Então uma parte dos resíduos era misturada nos aterros, porque não havia capacidade de processamento”, diz Haddad.
A capacidade diária de processamento dos resíduos da cidade chega a 750 toneladas/dia.
Com a inauguração da nova usina, o quadro mudou, segundo argumenta o prefeito: “Teremos mais capacidade de processamento hoje do que o material que os moradores separam. A oferta de serviço passa a ser maior do que a demanda”, afirma Haddad. Assim, o foco das ações municipais será na educação para que as pessoas voltem a separar o lixo doméstico.
A nova usina tem uma passarela no alto do galpão onde foi construída. A ideia é que o lugar seja visitado diariamente por alunos das escolas municipais, para que eles conheçam a coleta seletiva e desenvolvam o hábito de separar o lixo em casa.
Nos bairros. O secretário de Serviços, Simão Pedro, afirma que a coleta será “universalizada” em 40 bairros. “Universalizar é atender o bairro todo. Antes, esses 40 bairros tinham a coleta em determinadas ruas”, afirma. Os novos horários e o dias em que os caminhões da coleta seletiva passam nas ruas serão publicados no site da Prefeitura. A promessa é que os caminhões da coleta seletiva passem em todas as ruas da cidade até o fim do ano que vem.
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Grande notícia!
Eu faz separação há anos. Levava os sacos de recicláveis numa cooperativa. Mais tarde o prédio entrou no sistema da Prefeitura (de SP), mas vi que a colheita falhava e que as moças terceirizadas da limpeza do prédio, mesmo depois de um pequeno treinamento, não eram cuidadosas re-juntando os diversos tipos de lixos. Aí voltei a levar meu lixo separado na cooperativa.
Alias esta cooperativa recebeu este ano um treinamento da Prefeitura (de SP), e melhorou muito sua limpeza e acho produtividade.
Haddad!!!!
Parabéns prefeito! Receba toda minha contínua admiração! Eu o considero o mais brilhante político de nosso país! Ainda espero vê-lo administrando nosso Brasil !!! Ah! se todos fossem iguais a você… O resultado da inteligência, competência, honradez e trabalho sério, traduz-se nesse homem bonito por dentro e por fora! VIVA HADDAD !!!
Mas se detenham à manchete:
Mas se detenham à manchete: SP faz…Não seria mais definido se fosse Prefeitura de sp…Quem lê spmente a manchete, pensa que o estado de sp é que proporcionou essa maravilha de trabalho. Né não?
Essa notícia é muito boa, mas
Essa notícia é muito boa, mas devemos insistir que cada um deve adotar o seu “quantum” de responsabilidade quanto à produção de resíduos.
Prefira embagens retornáveis e reutilisáveis a reclicáveis.
Prefira produtos ofertados em embagens maiores a menores.
Procure conhecer a sua própria produção de resíduos e verifique o que pode ser alterado para agredir menos o meio ambiente.
Ótimo, mas é só um lado da questão…
O poder público tem que entrar firme na questão da reciclagem, encarando pelo viés do desenvolvimento. Dar preferência, nas compras públicas, para materiais originados da reciclagem e de empresas instaladas na periferia, como forma de garantir emprego dentro da cidade. Até mesmo a construção de hospitais e escolas e os programas de moradia popular poderiam reutilizar entulho com certificação municipal.
Falo, já há anos aqui, que o município de São Paulo pode diversificar as fontes de combustível para transporte público e até para geração local de energia se houvesse uma estrutura adequada de coleta e processamento de resíduos urbanos. Na Alemanha (vi um vídeo esses dias, mas não acho o link), ganhasse bem pela devolução de garrafas pet, com um sistema de ticket na porta do supermercado. Um sistema semelhante poderia coletar óleo de cozinha e inserir créditos no Bilhete Único, sendo q este óleo poderia retornar como biodiesel.
A prefeitura tem q mostrar para a população q a separação do lixo tem uma função maior e um retorno para ela própria. Não é simplesmente uma separação para somente para enterrar tudo separado. E tem q mostrar para a camada mais pobre q a ação da reciclagem é um benefício econômico tb, q não é “modinha de rico”. Eu moro numa região pobre do centro de São Paulo, onde muita gente sobrevive catando papelão e latinha para vender em ecopontos, mas essa atividade causa uma imundíce nas ruas justamente pq a maior parte do lixo não está separado previamente. Nesse momento, é necessário sim investir em campanhas de educação ambiental e criar uma estrutura de coleta e reciclagem a favor do cidadão.
Reciclagem
Gostaria de começar no bairro esse projeto de reciclagem…E queria saber se vai vem recolher