Ajuda internacional é insuficiente para combater o Ebola

Jornal GGN – Sem ajuda internacional, vai ser impossível deter o avanço do Ebola nos países mais pobres do mundo – Guiné, Serra Leoa e Libéria. E ninguém que está trabalhando para combater a epidemia pensa que a resposta internacional está próxima do que é necessário. A AllAfrica está organizando uma campanha para que essa ajuda venha não apenas dos governos, mas também das pessoas, que podem enviar doações e ajudar a salvar vidas.

Enviado por JNS

O Ebola pode ser neutralizado

Do AllAfrica

‘Dê uma luva’ é o pedido de socorro feito pela Fundação AllAfrica

Ninguém que vem trabalhar para combater a epidemia de Ebola na Guiné, Serra Leoa ou Libéria acredita que a resposta internacional está próxima do que é necessário para evitar um desastre irreversível  em três dos países mais pobres do mundo.  

A organização humanitária Médecins  Sans  Frontières  / Médicos Sem Fronteiras  diz que clamou para obter mais ajuda durante meses e não foi atendida. 

Em uma entrevista  antes de partir para a África Ocidental em 24 de agosto, Thomas Frieden, o diretor do Centers for Disease Control falou com a AllAfrica sobre o porquê de a resposta global ser inadequada. 

Talvez seja necessário um clamor público para obter apoio urgente aos países atingidos pelo Ebola. Mas você pode fazer alguma coisa agora! 

Se você ajudou aos atingidos pelo terremoto no Haiti ou para a recuperação dos países atingidos por tsunamis ou contribuiu para qualquer outra causa humanitária: por que você não pode ajudar as pessoas, cujos países estão enfrentando catástrofes devastadoras semelhante, sem uma escalada internacional de preocupação e ajuda que as vítimas daqueles desastres naturais recebeu?

A campanha Give a Glove da Fundação AllAfrica começa com ao país mais afetado, a Libéria, por meio de doações através da Fundação Heartt.

Life-saving | Suprimentos para a Libéria

A Fundação Heartt irá certificar-se que a sua ajuda vai começar pela Libéria!

Mas – por favor – veja porque AllAfrica está fazendo um apelo financeiro sem precedentes.

A maioria de vocês estão seguindo sobre suas vidas normais, enquanto três países africanos – e outros mais, em potencial – estão entrando em colapso causado pelo Ebola.

Se você deu ajuda às vítimas do terremoto no Haiti, aos países atingidos por tsunamis ou qualquer outra causa humanitária, ajude, também, o povo da Libéria, da Guiné e de Serra Leoa, cujos países estão enfrentando semelhante catástrofes devastadoras, sem despertar a preocupação internacional para ajudar às vítimas que e esses desastres naturais receberam.

Tome a Libéria, por exemplo.

Dilacerada, por décadas de conflito, que matou mais de 250.000 pessoas e deslocou a maioria da população, destruindo quase tudo, a Libéria enfrentava áspero caminho da recuperação. Apesar de um orçamento nacional mínimo e um custo contínuo de pagamento obrigatórios de dívidas contraídas por ex-ditadores, a Libéria reconstruiu escolas, usinas de energia e clínicas e formou médicos e enfermeiros. [Liberia: Moving From Stabilization to Transformation ]

O Ebola veio reverter esses ganhos. Sem uma escalada dramática de ajuda , a Libéria continuará a cair. Ela tem menos médicos per capita do que qualquer outro país afetado pelo Ebola e tem uma carência gritante de suprimentos para salvar vidas. O Ministério da Saúde e Bem-Estar Social diz que precisa de tudo para prestar assistência, incluindo cerca de 200 mil unidades de roupas de proteção, 34 toneladas de pó de cloro para fazer desinfetante, bem como, mais de 500 mil luvas. E, como a epidemia está prevista para durar vários meses, ela vai precisar de muito mais.

Profissionais da saúde na Libéria

Os navios com alimentos urgentes e combustível estão ignorando o porto de Monróvia. As companhias aéreas estão cancelando os vôos, tornando-se cada vez mais difícil trazer suprimentos para salvar vidas. Os medicamentos para os infectados por outras mortais doenças como a malária, mas tratáveis, estão em falta. As mulheres grávidas e seus bebês estão morrendo diariamente por falta de intervenção médica.

A Fundação Heartt, fundada por um médico americano liberiano, tem levado voluntários que são profissionais de saúde para a Libéria para reconstruir, cuidar de pacientes e treinar novos médicos e enfermeiros no John F. Kennedy Hospital em Monróvia, o maior e mais avançado centro médico do país. A Heartt agora tem laços com cerca de 20 grandes centros universitários e escolas médicas americanas. Repórteres e editores da organização AllAfrica testemunharam os progresso e  o desempenho da Fundação Heartt.

A campanha “Give a Glove” está sendo incorporada à campanha “Ebola BlockAID” da Fundação Heartt. A Fundação AllAfrica tem plena fé que as doações para a Fundação Heartt serão usadas para comprar material de proteção para salvar vidas – e a Heartt tem a determinação de fazer o que for preciso para obter o material para a Libéria, em colaboração com setores que cuidam da saúde na América, que já enviaram suprimentos para a Libéria e Serra Leoa.

Envie uma contribuição financeira e a Fundação  Heartt  promete fazer o resto.

“Dê uma luva” e retransmita o pedido de ajuda.

 

Redação

3 Comentários

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  1. Ebola

    JNS,

    Os grandes contribuirão para enfrentar o Ebola como contribuíram na reunião do meio ambiente realizada em Copenhague,

    com um trocado, e somente prá não dizerem que não foi dado nenhum $$$.

    As necessidades $$$ já foram avaliadas, mas o Ebola não sensibiliza ninguém (dos governos dos grandes países e dos grandes interesses multinacionais), pois 7 bilhões é muita gente para o planeta sustentar, daí a necessidade de uma “limpeza técnica”. Quantas reportagens corretamente embasadas, a respeito do número de mortos até o momento, chegaram dos locais mais atingidos pelo vírus ? 

    A preocupação da turma deve ser que o vírus não pule para o Ocidente.

    Esta minha opinião se refere a modo como os donos da $$$ encaram esta situação, pois $$$ não falta prá debelar o Ebola, para terminar com a fome no mundo, etc…, conforme já amplamente demonstrado por ocasião da última grande crise de 2008, quando mais de 3 trilhões de dólares brotaram do chão para evitar um estouro generalizado. Dinheiro não falta.  

    1. Tomahawks

       

      Caro Alfredo,

      A sua análise está totalmente correta!

      Tenho acompanhado, consternado e desapontado, as informações da mídia sobre a epidemia de Ebola.

      A última vez que procurei informações, em paginas da área de defesa americana na Internet, há uma semana atrás, lí alguns relatos que os EUA dispararam 47 mísseis Tomahawks sobre as regiões, supostamente, dominadas pelo Estado Islâmico.

      Você, muito provavelmente, tem informações sobre o preço de cada míssil e também tomou conhecimento que a cotação das ações das corporações americanas fabricantes de armamentos, explodiram na Nasdaq, após o início dos bombardeios.

      [video:http://youtu.be/6a-d67lJfdk width:600 height:450]

      Disparo de mísseis Tomahawks do cruzador Philippine Sea em curso no Golfo Pérsico

      Confira mais informações aquí: https://jornalggn.com.br/noticia/eua-iniciam-ofensiva-contra-a-siria

      Está muito claro que determinados assuntos não despertam a atenção da grande maioria das pessoas.

      A sêca terrível do Rio São Francisco não é discutida na mídia e, para a minha decepção, também não é destacada nos blogs dito progressistas, que estão preocupados, unicamente, com as eleições e o sistema de abastecimento de àgua da cidade de São Paulo – pode tirar voto do candidato favorito?

      Os relatos dos jornais da Libéria e de Serra Leoa são muito assustadores e, de forma desalentadora, um cientista alemão afirmou que a luta está perdida nos dois países.

       

      [ CADA MÍSSIL TOMAHAWK CUSTA MAIS DE 1 MILHÃO E MEIO DE DÓLARES ]

       

      A Guerra contra o Ebola na Libéria e em Serra Leoa está perdida

      O vírus mortal está se espalhando como um incêndio, afirmou o ministro da Defesa da Libéria, na terça-feira e pediu a ajuda da ONU. Agora, um virologista alemão, especializado no estudo do Ebola, foi um passo além e fez uma afirmação chocante.

       EPA/AHMED JALLANZO

      Um oficial de segurança em Monróvia, a capital da Libéria

      Sua declaração tem o poder de alarmar muitas pessoas.

      Mas Jonas Schmidt-Chanasit do Instituto Bernhard Nocht de Medicina Tropical em Hamburgo disse ao DW que ele e seus colegas estão perdendo a esperança em Serra Leoa e Libéria, dois dos países mais afetados pela recente epidemia de Ebola.

      “O momento certo para deter esta epidemia e manter o controle nesses países foi perdido”, disse ele. Esse tempo foi maio e junho. “Agora é tarde demais.”

      Schmidt-Chanasit espera que o vírus vá “incendiar” esta parte do mundo.

      Com outras palavras: Vai mais ou menos infectar todo mundo e metade da população – um total de cerca de cinco milhões de pessoas – poderia morrer.

      A propagação do vírus para outros países

      Schmidt-Chanasit sabe que impedir a propagação do vírus para outras nações é uma coisa difícil de avaliar.

      Ele ressalta que não quer ajuda internacional apenas para conter o surto. Muito pelo contrário: Schmidt-Chanasit exige “uma grande ajuda”.

      Para Serra Leoa e Libéria, porém, ele pensa “que está longe da realidade levar ajuda suficiente para obter um controle sobre a epidemia.”

      De acordo com o virologista, a coisa mais importante a fazer agora é evitar que o vírus se espalhe para outros países e “ajudar, onde ainda é possível, na Nigéria e no Senegal, por exemplo”.

      Além disso, muito mais dinheiro tem de ser colocado em estudos de vacinas adequadas, acrescentou.

       EPA/AHMED JALLANZO

      Na Libéria, o número de mortos subiu para mais de 1000.

      Reações iradas

      Na sede da Welthungerhilfe, uma organização de ajuda humanitária não-governamental alemã, que se dedica em auxiliar o combate à epidemia de Ebola, a declaração de Schmidt-Chanasit é recebida com desprezo.

      Tais declarações “não são muito construtivas”, disse uma porta-voz.

      Jochen Moninger, coordenador da Welthungerhilfe em Serra Leoa, disse à DW, que a declaração de Schmidt-Chanasit é “perigosa e, além disso, não é correta.”

      Moninger vive em Serra Leoa por quatro anos e acompanha a evolução do surto de Ebola lá desde o início.

      “As medidas estão começando a mostrar progresso”, diz ele. “O problema tem solução – a doença pode ser contida.”

      “Se eu tivesse perdido a esperança por completo, teria arrumado as minhas coisas e levado a minha família daqui”, acrescentou Moninger. Em vez disso, ele e sua família vão ficar.

      Na Serra Leoa, o governo ordenou uma quarentena de 21 dias para todos os lares em que ocorreu um caso de Ebola. Soldados e policiais estão guardando essas casas para impedir que qualquer pessoa que tenha entrado em contato com um paciente de Ebola possa sair.

      De acordo com Moninger, esta é exatamente a coisa certa a fazer: isolar os doentes – caso seja necessário, mesmo com uso da força militar.

       EPA/AHMED JALLANZO

      Quando o governo da Libéria impôs a quarentena na favela de West Point a população protestou.

      Criar o desespero não ajuda

      Moninger diz que não sabe muito sobre a situação na Libéria, mas na verdade, ele tem a impressão de que “não parece estar acontecendo algo que não esteja realmente bom”.

      Ele concede que a declaração de Schmidt-Chanasit “pode ​​apontar um pouco na direção certa” em relação à Libéria.

      A Libéria não assumiu as mesmas medidas de quarentena adotadas em Serra Leoa. De acordo com um relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS), as pessoas infectadas pelo Ebola estão cruzando a capital em táxis partilhados, procurando um lugar de tratamento e voltando para casa depois de não encontrar nenhum atendimento. Desta forma, o vírus se espalha.

      “Distribuição de desesperança”, porém, disse Moninger, “é perigosa”, acrescentando que há muitas vidas humanas em risco, e “declarações como estas tornam a situação ainda pior”.

      Desastrosa, mas não sem esperança

      A OMS, em Genebra, se recusa a comentar a declaração de Schmidt-Chanasit.

      OMS. A porta-voz Fadela Chaib,no entanto, diz que, “naturalmente”, não é assim e ainda há esperança para os dois países.

      “Podemos colocar a situação sob controle em 6-9 meses”, disse a DW.

       EPA / AHMED JALLANZO

      Alguns moradores foram feridos durante os protestos contra a decisão do governo de colocar West Point em quarentena.

      Fadela Chaib admite, porém, que a situação especialmente na Libéria é “muito tensa”.

      As ações governamentais estão completamente superadas e logo que um novo centro de tratamento de Ebola abre, é entupido de pacientes, diz ela, acrescentando que a Libéria tem o maior número de casos e mortes na África Ocidental, com uma taxa de letalidade de 60 por cento.

      A situação piorou muito depois que 80 médicos e enfermeiros morreram contaminados pela doença.

      A OMS ainda espera a ocorrência de milhares de novos casos de Ebola na Libéria durante as próximas semanas.

      Vencer juntos

      Não só os países vizinhos, mas também a Europa e os EUA terão de apoiar a luta e as demandas contra a epidemia, disse Chaib.

      Em seguida, pode ser possível vencer essa luta.

      A chave para obter um controle sobre a epidemia é impedir a transmissão do vírus Ebola, especialmente entre os profissionais de saúde, diz ela.

      A criação de centros de Ebola nas próprias comunidades vai impedir que os pacientes de Ebola e seus familiares se desloquem na região infectando outras pessoas.

      “Faremos tudo o que pudermos para acabar com este surto de Ebola. Nós não vamos deixar decepcionar a África Ocidental.”

      http://web.archive.org/web/20140911183045/http://www.dw.de/virologist-fi

      [video:http://youtu.be/H9034BawdX4 width:600 height:450]

      Mísseis Tomahawks lançados a partir do sistema de lançamento vertical, a bordo do destróier USS Arleigh Burke baseado no Mar Vermelho (Marinha dos EUA)

       

      1. Circo

        jns,

        O aval da ONU para bombardear o inimigo invisível, o EI, está diretamente ligado à saúde financeira da indpestria de armas. Logo que autorizaram o ataque ao léu, já foram avisando que a aofensiva não tinha data prá terminar, um escândalo. USA passou a ajudar o presidente da Síria que não pediu ajuda a ninguém rsrsrs, isto tudo seria um circo, nçao fosse a indústria de armas a dona do picadeiro.

        Um abraço

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