O Brasil lidera os casos de dengue no continente americano, mas a Argentina e o Paraguai são os países que tiveram o maior surto da doença, em comparação a 2023 – que já havia sido considerado um ano recorde da infecção. Ao todo, os países da América do Sul tiveram um aumento de 297% dos casos em comparação às primeiras semanas do ano passado e um salto de 379% em comparação à média dos últimos 5 anos.
A informação foi divulgada em relatório epidemiológico da OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde).
O aumento da dengue no continente
Nas primeiras 7 semanas do ano (entre janeiro e a metade de fevereiro), foram 1,424 milhões de casos suspeitos de dengue no continente americano, o que equivale a 156 pessoas infectadas a cada 100 mil habitantes.
A quantidade é 226% maior do que o mesmo período de 2023 e 316% maior do a média dos últimos 5 anos, conforme mostra o gráfico:
(Em vermelho, o número de contagiados por dengue nas primeiras 7 semanas de 2024; em azul, os casos de 2023 e em amarelo os casos da média dos últimos 5 anos)
Neste período, também foram registrados 285 mortes por dengue na região.
Paraguai e Argentina saltam nos casos
Na lista de países que forneceram os dados à OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde), o Brasil liderou a última semana registrada com 186,927 mil casos de dengue, seguido do Paraguai, com 15,266 mil casos, e Argentina com 12,186 mil casos.
A Colômbia também apresentou altos índices, com 6,636 mil casos na metade de fevereiro, o Peru com 5,781 mil casos, o México com 3,582 mil casos e o Equador com 1,054 mil casos.
Apesar de o Brasil liderar o número total de casos, a Argentina surpreendeu: enquanto o Brasil obteve um aumento de 1,5% nos contágios em comparação ao ano passado, a Argentina aumento 159%.
A tendência é de aumento
A organização alertou no relatório que as tendências na região era de aumento no número de contágios de dengue nas próximas semanas.
Alerta da OPAS
Diante do cenário, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) fez um chamado aos países do continente americano a intensificar os esforços e ações para controlar o mosquito Aedes aegypti.
No alerta, a OPAS pede o aumento da vigilância, do diagnóstico precoce e do tratamento dos casos de dengue, com a mobilização de redes de atenção à saúde para evitar complicações e mortes.
Em documento emitido na segunda semana de fevereiro, a organização afirma:
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