
O governo de Jair Bolsonaro (PL) incinerou cerca de R$ 13,5 milhões em medicamentos de alto custo usados no tratamento de doenças raras. A informação é do jornal Folha de S. Paulo, em publicação desta quinta-feira (16).
O acesso aos dados foi feito a partir de um pedido por meio da Lei de Acesso à Informação. Os documentos apontam que na lista de remédios queimados há duas doses de Spinraza, um remédio usado por pacientes espinhal (AME), que custa R$ 160 mil. em um dos tratamentos mais caros do mundo contra atrofia muscular
Também entre os medicamentos para doenças raras estão quase mil doses de Translarna, medicamento para tratar distrofia muscular de Duchenne. Ao todo, o lote descartado passa de R$ 2,7 milhões.
A lista de prejuízos não para por aí. Somando os custos de todos os outros medicamentos de alto custo descartados o valor ultrapassa R$ 10,3 milhões.
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O descarte
As causas para todo esse descarte de medicamentos não foram informadas nos documentos.
Há possibilidade de que a gestão Bolsonaro tenha deixado os itens passarem do prazo de validade. No entanto, há possibilidade de que alguns remédios tenham sido inutilizados em consequência da falta de armazenamento adequado, ou por não terem sido aprovados em testes de controles.
Os documentos obtidos pela Folha também apontam que o governo Bolsonaro deixou vencer 39 milhões de doses de vacina contra a Covid-19.
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