Ministro diz que governo não aumentará orçamento da Saúde

Jornal GGN – O ministro da Saúde, Ricardo Barros disse que o governo do presidente interino não colocará mais recursos no orçamento da pasta no ano de 2016. De acordo com ele, o assunto é prioridade do governo Temer e será discutido com a equipe econômica. “Os ministros Meirelles e Jucá é que falarão sobre questão de financiamento. Buscarei os recursos disponíveis para que possa fazer a ação de saúde. Os cortes já foram feitos pelo governo anterior. Estamos com R$ 5,5 bilhões de cortes já efetuados no orçamento da saúde. Pretendo trabalhar muito para ver se recupero aquilo que estava no Orçamento. Recursos a mais do que estava previsto realmente não acho que vamos conseguir. Não contem com mais dinheiro”, disse.

Da Agência Brasil

Ricardo Barros diz que governo não aumentará recursos para a Saúde

Por Flávia Albuquerque

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, disse hoje (16), durante visita à Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), na capital paulista, que o governo não colocará mais recursos no orçamento da pasta em 2016. Segundo ele, o Orçamento da União passa por uma crise fiscal severa, que só se recuperará com a melhoria da economia e a volta do consumo.

Entretanto, disse que a saúde é uma das prioridades do governo Michel Temer e que o assunto será discutido com a equipe econômica.

“Os ministros Meirelles e Jucá é que falarão sobre questão de financiamento. Buscarei os recursos disponíveis para que possa fazer a ação de saúde. Os cortes já foram feitos pelo governo anterior. Estamos com R$ 5,5 bilhões de cortes já efetuados no orçamento da saúde. Pretendo trabalhar muito para ver se recupero aquilo que estava no Orçamento. Recursos a mais do que estava previsto realmente não acho que vamos conseguir. Não contem com mais dinheiro”, adiantou.

O ministro também falou sobre o Programa Mais Médicos, que, segundo ele, teve sua continuidade definida por pressão da Confederação Nacional dos Municípios, sob alegação de que as pequenas cidades e comunidades passaram a ter médicos devido ao programa. “Ainda vou avaliar a questão do Revalida (Sistema de Revalidação de Diplomas Médicos). Não conheço a qualificação dos médicos cubanos e vou estudar com carinho, assim como outras sugestões que recebi aqui.”

Compromissos

Durante o encontro, professores da Faculdade de Medicina da USP questionaram a criação de novos cursos de medicina, sugeriram que o governo implante o serviço médico compulsório para recém-formados, crie centros de atendimento para mulheres que praticam aborto em clínicas clandestinas, de modo a evitar o aumento do número de mortes, entre outras questões. Barros prometeu analisar todas elas.

Para resolver problemas mais urgentes da saúde, como falta de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) em hospitais, Ricardo Barros informou que vai estudar esses números. “O ministério já tem estudos sobre o credenciamento de UTIs. Há milhares credenciadas no Brasil. Vamos ver se a distribuição está correta, se a necessidade está suprida e onde faltar vamos negociar. É preciso entender que há muitos leitos de UTI fechados por falta de financiamento.”

O ministro destacou que todos os compromissos assumidos para o período dos Jogos Olímpicos serão cumpridos. “Os turistas e atletas podem vir com absoluta tranquilidade ao Rio de Janeiro, porque não haverá nenhum problema de falta de atendimento, atenção e cuidados necessários para o evento”.

Redação

3 Comentários

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  1. Quando da implantação do Mais

    Quando da implantação do Mais Médicos uma amiga médica só faltou pular no meu pescoço , ela estava ” muito preocupada ” com os brasileiros que vivem nos rincões e nas periferias. Dizia que a medicina cubana é dos anos 70 do século XX. Em tempo, ela não trabalha na rede pública. Queria que os médicos estrangeiros fizessem o revalida, quando tentei argumentar que com o revalida eles teriam direito a exercer a medicina em qualquer lugar do Brasil e conseguir cidadania não é muito difícil – casa e faz um filho. Aí ela surtou e respondeu que tem gente que não tem capacidade para fazer medicina e então faz enfermagem, odontologia  ( minha profissão) . Bem estávamos em um almoço com familiares, foi aquele silêncio. Todos em choque. Aí um com grande habilidade social perguntou se alguém queria dividir uma cerveja com ele e a distensão aconteceu. No outro dia ela bateu na minha porta pedindo desculpas . Respondi que não há o que desculpar. Pôr que? Porque penso que ela não me ofendeu, de forma alguma, ela mostrou sua fraqueza, seu rancor por não conseguir que seu corporativismo houvesse vencido  a questão. Aliás em 2013 ela já estava agindo contra o Mais médico. Conto esta historinha para mostrar até que ponto as pessoas chegam para defender nem sabem o que. Porque o Mais Médicos em nada a ameça e tampouco a categoria médica. Como se pode ver.

    Agora como o tempo passa e a verdade aparece, ela me mandou uma linda foto sua e do marido ( que não compartilha de suas idéias) na manifestação de 21 de abril na Paulista. Ufa! A razão é recuperável.

    Quanto ao SUS, ele me é muito caro, sou da época da IV Conferência Nacional de Saúde, perdi um semestre na faculdade por estar na batalhha para que saude como direito de todos e dever do estado fosse incluído na constituição. Tem muitas deficiências mas, é vezes sem conta melhor do que o que havia antes. Aliás o Posto de Saúde aqui do meu bairro é muito bom. Pode vir comprovar. Nota 10 em atenção básica. Lembrem que sou do ramo…  E para quem fala em que o povão poderia ter planos de saúde “populares”, faz o seguinte: compra um e vai ver como é que é…

    O SUS é nosso do povo brasileiro que precisa dele e,  se os golpistas se meterem a besta ajudo a invadir.

  2. Ué, mas não foi ele mesmo

    Ué, mas não foi ele mesmo que  cortou o orçamento da própria pasta, quando foi relator da LO 2016?

    Esse doido só não defende a volta da escravidão porque não quer pagar a comida dos escravos.

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