Lula: saúde pública não pode ser encarada como um gasto

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Em discurso para profissionais da área de saúde, ex-presidente lembra que pessoa com saúde tem melhor capacidade produtiva – e favorece país

Foto: Ricardo Stuckert

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ressaltou nesta sexta-feira (05/08) que não se pode separar a saúde dos outros gastos públicos, uma vez que pessoas saudáveis acabam por contribuir com o avanço do país.

“Nós não podemos continuar usando a palavra gasto quando se trata de cuidar da saúde do povo brasileiro”, disse o ex-presidente durante a 17ª Conferência Nacional da Saúde, em São Paulo.

“A gente tem que avaliar quanto custa para um país uma pessoa com saúde. A capacidade produtiva dessa pessoa cresce muito. E melhora a capacidade produtiva do país”, disse Lula.

Lula também reconheceu que não foi possível fazer tudo o que precisava ser feito durante seus mandatos, mas lembrou alguns resultados obtidos durante seu governo e de Dilma Rousseff (PT).

Entre eles, o aumento da expectativa de vida (70 anos e 9 meses em 2002 para 75 anos e 9 meses em 2016), queda pela metade da mortalidade infantil, erradicação da rubéola e do sarampo, e a ampliação da cobertura vacinal no país.

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Segundo Lula, tudo isso foi possível por conta do avanço em outros setores – como o combate à fome, geração de emprego e renda, educação, moradia e saneamento básico.

 “Sem isso, a gente não pode falar em saúde. E, hoje, com o povo na fila do osso e da carcaça de frango, nós vamos precisar fortalecer muito o sistema de saúde para que a gente não deixe este país ter uma pandemia da fome”, argumentou.

Em referência a Jair Bolsonaro, Lula lembrou que “o atual presidente lidou com a pandemia de forma criminosa, e é responsável direto por centenas de milhares das mais de 678 mil mortes pela Covid”.

Em seu discurso, o ex-presidente também lembrou o papel dos profissionais de saúde pública no combate à pandemia de covid-19.

Sem o SUS e seus trabalhadores e trabalhadoras, o saldo da covid-19 teria sido ainda mais trágico. Foram esses trabalhadores e essas trabalhadoras que, mesmo sem o apoio do atual governo, colocaram suas vidas em risco e foram para a linha de frente, enfrentando a mais grave epidemia dos últimos 100 anos.

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Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

1 Comentário

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  1. O sua já está sendo privatizado pelas tais organizações de saúde que escolhem o tipo de atendimento que irão realizar, não é raro se procurar o os de um hospital e o local estar fechado redirecionando o atendimento para um posto muito mais longe…já passei por isso não muito tempo atrás… esse pessoal é a favor do SUS não mais utilizam seus serviços, aliás, que inventou a canalhice de organização de saúde com seus proprietários fantasmas foi o agora ex-partido do vice de Lula… realmente se vê que está bem acompanhado…

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