Após anunciar a vinda de médicos do exterior para suprir a demanda de regiões que não contam com a quantidade suficiente de profissionais para atender à população, a presidente Dilma foi alvo de protestos. No entanto os relatórios Demografia Médica no Brasil volumes I e II, divulgados pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), que apontam dados e estatísticas sobre o perfil, presença e a concentração de médicos no país, apontam que há deficiências de profissionais por região.
O primeiro relatório revelou indicadores de desigualdade de atuação dos profissionais no setor público e privado, como se pode observar no gráfico abaixo:
Nos gráficos a seguir, quando o resultado for menor que 1, significa que há mais postos de trabalho médico ocupados no setor público proporcionalmente a seus usuários, que no segmento privado, em relação a seus beneficiários. Se for igual a 1, indica que a relação é a mesma. Se o indicador for maior que 1, significa que existem mais postos ocupados no setor privado, sempre em relação à população coberta.
Como pode ser visto a seguir, a razão de desigualdade em todos os estados em cada especialidade médica é muito acima de 1 – a média é de 3,90 –, indicando que em todos há proporcionalmente muito mais médicos à disposição de usuários privados que de usuários exclusivos do SUS.
Entre as capitais, no entanto, quatro delas têm o indicador abaixo de 1, com mais postos de trabalho médicos a serviço do público que profissionais no setor privado – Vitória, Rio de Janeiro.
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