As armas e os CACs serão um dos “grandes problemas” da “herança de Bolsonaro”, diz Freixo ao GGN

Johnny Negreiros
Estudante de Jornalismo na ESPM. Estagiário desde abril de 2022.
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Autor de duas CPIs sobre as milícias no Rio de Janeiro, Marcelo Freixo falou em entrevista exclusiva ao GGN. Assista

Luis Macedo / Câmara dos Deputados

Em entrevista exclusiva ao canal do GGN no Youtube (inscreva-se aqui), o deputado federal Marcelo Freixo (PSB) disse que a expansão e a “falta de controle” das armas no Brasil serão um dos “grandes problemas” da “herança de Bolsonaro”.

Na conversa com Luis Nassif, Freixo falou do aumento de registros de armas na mão de CACS (Caçadores, Atiradores desportivos e Colecionadores) durante o mandado do atual presidente.

É um episódio à parte da tragédia da era bolsonarista. O descontrole sobre o armamento e a munição é absoluto no Brasil hoje. Um dos grandes problemas que nós vamos herdar do bolsonarismo será o que a gente vai fazer com os CACs, porque há uma expansão de quase 900%. Há um descontrole absoluto das armas em circulação.

disse

O País tem atualmente 957.351 armas registradas pela categoria, segundo levantamento do Anuário Brasileiro de Segurança Pública deste ano. Os dados também apontam que militares das Forças Armadas possuem 142.477 artefatos de fogo.

Desde 2019, o Executivo tem publicado decretos que flexibilizam o acesso aos artefatos de fogo e às ferramentas, como munição, para os CACs. Segundo dados divulgados pelos institutos Igarapé e Sou da Paz, através da Lei de Acesso à Informação, a categoria possui um milhão de armas, representando um aumento de 187% no Governo Bolsonaro.

Hoje o número de munição com a sociedade civil é maior do que todas as polícias juntas. Há uma ruptura de um braço fundamental do Estado que é o monopólio da força. Por isso que eu falo que o Governo Bolsonaro é uma ameaça em si, não porque pode vir a dar um golpe. O seu funcionamento, os seus decretos, representam uma ruptura das bases da democracia. O Bolsonaro quebrou o monopólio da força do Estado.

analisou Freixo

Papel dos militares

As Forças Armadas são responsáveis por fiscalizar e controlar o acesso de armas no Brasil. Na visão de Freixo, Bolsonaro utiliza os quartéis como se fossem um partido político.

Bolsonaro não tem uma imagem partidária. O partido do Bolsonaro é, na verdade, (sic) as Forças Armadas. Não estou dizendo que elas hoje representam um partido político e aceitam ser um partido político do Bolsonaro. Não estou dizendo isso. Na mentalidade bolsonarista, o partido do presidente são o Exército, a Marinha e a Aeronáutica. Não à toa, ele chama de ‘meu Exército’.

argumentou

Ainda, o deputado federal ressalta que o símbolo do bolsonarismo não é o número 22, mas sim a sinalização de arma feita com as mãos.

Assista a entrevista completa com Marcelo Freixo na TVGGN, no Youtube.

Johnny Negreiros

Estudante de Jornalismo na ESPM. Estagiário desde abril de 2022.

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