Restabelecer a economia sem sacrificar avanços sociais, por Antonio Delfim Netto

Crescer sem recuar

Por Antonio Delfim Netto

Do Valor Econômico

A discussão sobre o processo sucessório foi o reencontro de gregos (tucanos) e troianos (petistas) com a desagradável verdade que negaram ao longo dos 20 anos em que fizeram oposição. Distorceram, no calor natural da disputa política, a posição do adversário com os mesmos exageros e mistificações atuais. Sintetizaram a ideia do governo que combatiam num bordão eficaz – “primeiro é preciso produzir para depois distribuir”. Antes de mais nada era (como é) uma tolice só possível num país do “socialismo real”, onde em lugar de “manteiga pode-se produzir canhões”, porque se separa o consumo do investimento.

Tive a oportunidade de assistir em Moscou, em 1982, um interessante espetáculo na sua maior loja, a GUM (loja de departamentos estatal). Era o dia de uma oferta de sutiãs. Todos eram da mesma cor (espécie de lilás) e de tamanho exagerado, seguramente para facilitar a vida dos “planejadores”. Jogados num imenso balcão, foram disputados por um verdadeiro enxame de mulheres de todas as idades e tamanhos. Quem teve a “sorte” de comprar um, foi ajustá-lo em sua casa (também do Estado). É por isso, talvez, que terminou tão mal.

Em Cuba (o sonho de consumo da maioria) ainda é o mesmo. Com o adendo que nem se produz, nem se distribui e que ainda não terminou… E no Brasil? Quem consumia a avalanche de bens de consumo que estavam sendo produzidos? Sabe-se que, em 1973, os metalúrgicos estavam comprando Volkswagen s! Tratava-se de uma mentira (igual a muitas que ainda hoje continuam a pregar no eleitor desprevenido). A proposição (válida ontem, hoje ou amanhã) é a verdade física elementar que “não se pode distribuir o que ainda não foi produzido, a não ser ganhando ou tomando emprestado do mundo”.

Isso foi reconhecido no governo FHC e agora está sendo sentido na sua plenitude com a inversão do “vento de cauda” de 2003-2010, que se transformou em “vento de frente” a partir de 2011. É preciso reconhecer que:

1) Existe uma cointegração entre a taxa de crescimento do PIB do Brasil com o PIB mundial e que um aumento, ou uma queda, da economia mundial de 1% estimula, em condições normais de pressão e temperatura, um crescimento, ou uma queda, parecido com 0,3% da economia brasileira. Não estamos, entretanto, em condições normais, como se vê pelos números da tabela 1. A previsão para 2015 não é nada brilhante. O FMI estima, para 2015, um aumento do PIB mundial da ordem de 3,8%, de 5% no volume de exportação e que cresceremos 1,4% com um déficit em contas correntes de 3,6% do PIB.

A nossa receita de exportação da agropecuária deve crescer um pouco menos nos próximos dois ou três anos pela moderação da demanda e pela pressão de valorização do dólar americano. Vamos sentir falta da exportação de manufaturados que deixamos de realizar pela valorização da nossa taxa de câmbio para combater a inflação.

2) Devido à revolução demográfica, não contaremos com aumento maior do que 1% a 1,2% da força de trabalho nos próximos anos. A tabela 2 esclarece o aumento do emprego de 2000-2013. Absorvemos o nosso “exército de reserva”, o que foi muito bom e fator importante para a inclusão social e para a melhoria da distribuição de renda. Foi incorporada, principalmente, mão de obra pouco qualificada e, por isso, com baixa produtividade. Houve redução do emprego da mão de obra mais qualificada que ganha mais de dois salários mínimos. Talvez seja uma explicação “natural” para o paradoxo (redução da taxa de crescimento do PIB sem aumento da taxa de desemprego), mas sugere que acelerar o crescimento do PIB não será, certamente, um problema trivial.

3) Diante desses fatos, a única forma é aumentar a produtividade da mão de obra já empregada: a) intensificando a sua qualificação; e b) fornecendo-lhe capital mais sofisticado. Isso implica cooptar o setor privado para dar ênfase à educação técnica no próprio ambiente de trabalho, devolver-lhe o “espírito animal” com a expectativa gerada pela ampliação das concessões de infraestrutura e criar as condições para o funcionamento eficiente dos mercados. Não se trata de “obedecê-los” ou “desregulá-los”: apenas “entender” como funcionam! Para crescer a uma taxa de 4% ao ano precisamos investir em torno de 23% do PIB, utilizando qualquer coisa como 21,5% de poupança interna e 1,5% no PIB de poupança externa. A taxa de poupança interna bruta no segundo trimestre de 2014 foi de apenas 14,1% do PIB. Isso mostra o “Himalaia” que temos à frente, mas que não foi criado no governo Dilma.

A sociedade brasileira merece dos candidatos uma clara explicação de como pretendem restabelecer o dinamismo da economia brasileira sem sacrificar os avanços sociais já conseguidos.

Antonio Delfim Netto é professor emérito da FEA-USP, ex-ministro da Fazenda, Agricultura e Planejamento. Escreve às terças-feiras

E-mail: [email protected]

Redação

30 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. ODelfim e essa conversa de
    ODelfim e essa conversa de socialismo e capitalismo… Ele e daqueles que acreditaram, acreditm e continuam reproduzindo o mito de que nos salvaram da cubanizacao. Derrubaram um presidente constitucional sob esse pretexto infantil e mentiroso. E quse como derrubar o pt dizendo que o pco, o pstu e o psol estao tomando poder…
    Outra coisa que não entra na cabeça do delfim nessa longa trajetória dele e que os empresarios nao querem somente produzir; e les querem o poder.

  2. Sabe o que eu acho

    Sabe o que eu acho interessante? Depois da crise de 2008, que ainda estah por ai apesar do Fraga, o Brasil foi festejado e o Mantega foi um dos responsavel por esse sucesso. Bem, mas e ai? E ai eh que, assim como Delfim, que ficou conhecido pelo tal “Milagre Economico”, Mantega deu excelente contribuicao ao pais. Mas, assim como Mantega, que cometeu seus deslizes, Delfim maquiou a inflacao oficial, coisa mais pervesa do que tudo que o Mantega eh acusado e se insinua sobre ele.

    Mesmo assim, Delfim, assim como o inacredtavel Mailson 80% de inflacao da Nobrega, estao ai, criticando a tal “maquiagem contabil do Governo”. Esta ai, sendo reverenciados aqui,  o Delfim pelo menos, e o Mantega, com a mesma trajetoria de deslizes e contribuicoes impares que o ex-todo poderoso do Governo Militar, eh taxado de cachorro morto para baixo a ponto da entrevista na GloboNews em que ele se sai claramente melhor do que o Fraga, “surpreender”. Nessa hora eu nao posso deixar de especular que a birra com o Mantega eh questao de Feh. Ele vai sair num eventuals egundo mandato de Dilma? Sim, mas soh espero que ele tenha o mesmo espaco que o Delfim, nunca taxado de “fraco” por quem quer que seja apesar dos erros cometidos.

    1. E o que ele diz está errado?

      Está claro que o Delfim cometeu erros na condução da política econômica – quem não? No entanto, isso significa que ele não pode criticar o Mantega? Ainda mais quando ele está coberto de razão? Ou você acha que a contabilidade criativa não é problema?

      Se você acha que o governo do Aécio terá uma condução da política macroeconômica tão ruim quanto a da Dilma, tudo bem, é uma opinião aceitável. Agora achar que está tudo bem é tapar o sol com a peneira, fato que não resistirá aos primeiros meses de 2015, quando qualquer governo que entrar tomará medidas “impopulares”, apesar da retórica da campanha …

      1. Marcos, eles nao estao errado

        Marcos, eles nao estao errado em criticar. A critica eh justa, como eu disse e o Nassif sempre vem com umas bordoadas po aqui, o Mantega errou, isso eh ponto pacificado. O ponto eh que quem errou no passado fazendo coisas tao ou mais graves para a economia hoje retorna como emergians do bom senso  como se nao tivessem contribuido para desarranjos que perduram ateh hoje. Ah mas isso eh passado? Ok, mas eu quero sabe se os eros do Guido serao “esquecidos” assim como desses dinossauros. Todos os minsitros da Fazendo cometeram seus erros, todos, mas o jeito que se fala do Guido as vezes soa como pessoal. A questao aqui eh de tratamento difeente para erros igualmente nocivos a economia. Mas, como dizem por ai, o tempo cura tudo…

  3. Graaaaaande Delfin…

    Nada disso Sr. Delfin. Quem tem que dizer o que irá fazer para tirar o pais da LAMA é o atual governo e seu ministro da fazenda. Quando me refiro ao ministro da fazenda, claro está, que não o conhecemos. Digo isto pois, como TODOS sabemos, o Sr. Mantega foi SUMARIAMENTE defenestrado de seu cargo por sua patroa. Teve nem direiro ao bilhete azul. Foi pela TV mesmo. PAPELÃO.

    Quanto a Arminio Fraga, este já deixou bastante claro o que irá fazer. Dele, como homem honrado e um dos maiores economistas do mundo, só podemos esperar a melhora rápida do nosso brasil.

    O resto é o resto…

    1. Armínio, o especulador? Deixou a inflaçao > e os juros mto >es

      O ex-dirigente do Grupo Soros, recomendado pelos EUA para o Banco Central, deixou a inflaçao maior do que quando entrou no governo e os juros, claro, MUITO MAIORES (essa era a funçao dele, agradar aos “investidores”; que se dane a populaçao. Nao é à toa que disse que a crise acabou na Europa. O grande desemprego é mero detalhe, nao influencia os especuladores). 

      E agora está sendo chamado para solucionar a pretensa inflaçao… Desde quando cerca de 6% ao ano é inflaçao fora de controle? Isso sem falar nas declaraçoes de que o salário mínimo está alto demais e que uma taxa maior de desemprego é “bom para a Economia”. De quem? 

  4. “Antes de mais nada era (como

    “Antes de mais nada era (como é) uma tolice só possível num país do “socialismo real”, onde em lugar de “manteiga pode-se produzir canhões”, porque se separa o consumo do investimento.”

    De novo o Delfin fazendo propaganda do investimento externo (capitalismo) prejudicado pela nova concepção do “socialismo real” de Dilma – BNDES, BB, Caixa, e pleno emprego.

    É claro que o país não cresce muito, o mundo falido não importa. No Brasil as necessidades estão supridas nos limites dos empregos. Nem há que se fazer mais investimentos, se não há demandas reprimidas, nem preocupar-se com mais vagas de emprego, se não temos mão de obra

    Essa formula brasileira de crescimento está incomodando d+ os especuladores.

    Inversamente,  o governo precisa fazer o que os EUA e a Europa estão fazendo com os especuladores: baixar a taxa de juro próximo de 0% a.a. e celebrar a grandeza elevada a serviço do povo.

  5. Peço desculpas por não acreditar em nada

    Não acredito em nada que o Sr. Delfim apregoa! Conheci-o na época em que era o Czar da economia e promoveu a maior concentração de renda da história brasileira. E vejam que tomaram empréstimos aos montes, eriqueceram brutalmente, roubaram o que puderam e quando o modelo militar “quebrou” (em grande parte por culpa do Sr. Delfim, Bob Fields. Galveas e outros, todos da mesma escola)  passaram o governo  aos civis, atraves de uma constitução preparada e dirigida para impedir qualquer avanço.

    Não sei como os governos petista conseguiram fazer algo com amarras que são impostas pela constituição.

  6. no final ele alerta sbre a

    no final ele alerta sbre a necessidade de manter os programas sociais, mas

    historicamente ele deve uma explicação:

    porque sempre defendeu o aumento do

    bolo para só depois redistribuir!!!!

     

  7. Há um pequeno detalhe escondido no raciocínio.

    Quando um país desigual como o Brasil, consegue com baixas taxas de crescimento fazer políticas sociais, modestas mas reais, consegue aumentar o salário real da parte mais pobre da população e cosegue uma política de emprego, não é que se estejam falseando os números, simpesmente está fazendo uma política de distribuição de renda, isto que incomoda o andar de cima.

    A disparidade econômica e o nível de pobresa eram tais, que não se nota o que está ocorrendo, pois mesmo tirando um pouco (ou não deixando subir) do que possuem os mais ricos, o dinheiro parece sair do céu, mas na realidade há uma transformação de consumo que pode simplesmente passar despercebida por muitos.

    1. Não é bem o andar de cima …

      Os ricos continuam tão ricos quanto antes. Quem sentiu mais a valorização do salário mínimo (e, em escala bem menor, a expansão do BF) foi o setor de serviços, que tem um impacto considerável na classe média. Sob certos aspectos fico feliz que certos privilégios sejam extintos (babás e empregadas domésticas por exemplo), mas por outro serviços como comer fora, escola, plano de saúde, têm tido seguidas altas acima da inflação. Sem falar na bolha imobiliária, que não deixa de ser alimentada, ainda que indiretamente, pelo MCMV. Isso é uma das explicações para o fato de grande parte da classe média ter abandonado o governo atual. Botar tudo na conta do preconceito ou do conservadorismo de tal pode ser bom para atiçar a militância mas não resolve as questões de fundo que vão continuar aparecendo nas próximas eleições.

      1. Há uma proposta de soluçao p/ isso…

        Em vez da classe média ficar lutando por sua diferença de status para com os pobres e “direito” a serviços especiais (escola particular, plano de saúde, etc) passar a fazer uso dos serviços públicos e lutar pela melhora deles… 

        Sei que isso é irrealista, mas acho indecente (nao estou dizendo que vc fez isso) a defesa dos pseudo “direitos” da classe média a ter serviços melhores que os oferecidos para a populaçao em geral. Se quer tê-los, que pague por eles, em vez de ficar defendendo baixos salários para os outros. 

        Repare, nao sou hipócrita, tb sou classe média, pago plano de saúde, etc. Como fora todo dia, tudo isso que vc fala me afeta diretamente. Mas pelo menos sei que isso é um privilégio e nao acho que outros devam pagar o preço por isso.

        Aliás, falando sobre isso, recentemente tive que fazer uma operaçao muito perigosa, e nao confiei nos médicos anônimos do plano de saúde caríssimo que pago. Consegui ser atendida num hospital de referência do SUS, de primeiro mundo, de graça e com a mais alta qualidade. Estou gratíssima. 

  8. Delfim sempre sutil na suas indiretas

    Delfim escreve :

     

    “A sociedade brasileira merece dos candidatos uma clara explicação de como pretendem restabelecer o dinamismo da economia brasileira sem sacrificar os avanços sociais já conseguidos.”

    Só pode ser do confisco da poupança e da conta-corrente do povo brasileiro que ele está falando indiretamente.

    Saquem tudo ! Enquanto dá tempo !

    1. Terrorismo nao, Alexandre.

      Vc viu isso no Tarot, ou no mapa astrológico? (porque na Geometria nao deve ter sido…). Mas nem previu o vexame dado pelo seu partido, né? Vá com calma, cara, nao provoque o caos. 

      1. Anarquista, onde tem fumaça tem fogo

        Não fui eu que levantei a lebre, mas que faz sentido para uma campanha que representa interesses inconfessáveis, o Armínio não deu um piu na Globo, e está desesperada por dinheiros e representa interesses dos donos do Dólar, faz.

        Se fosse eu, do lado de lá, provavelmente tentaria uma medida de SURPRESA, rápida e eficaz para me favorecer, em vista da situação cíclica não favorável.

        Que é uma estupidez sem tamanho contra os brasileiros é, se eles pensam que vão confiscar a grana na mão grande e vai ficar por isto mesmo, estão enganados, o blog já se manifestou.

          1. Corrida aos Bancos?!!?!

            Por que? Já tem uma Maré Vermelha nos trend topics do Twitter sobre o confisco do  Aécio? Ou bombou no Facebook com a militância?

          2. VOCÊ está aconselhando as pessoas a sacar tudo…

            Três comentários acima. Maluquice pouca é bobagem mesmo. 

          3. Tempo é tudo em matéria de investimentos

            Na dúvida e põe motivo para ela existir, é melhor se previnir do que remediar.

            Se voce quer arriscar o seu dinheiro na poupança caso o Aécio ganhe e não se previnir é um problema seu.

            Achei que seria pertinente as pessoas estarem avisadas que existem  boatos e tergiversalções com origem provável na equipe econômica, que não se manifesta de forma clara, sobre a possibilidade de uma revanche da banca contra a Dilma e o povo que se beneficiaram no seu governo.

            Motivos existem, não é?

             

          4. Melhor tomar seu remedinho, tá?

            Nao tenho paciência para maluquice nao, ainda mais uma irresponsabilidade dessas. 

          5. Onde maluquice?

            Me xingar não adianta, que medida voce toma contra os que querem confiscar seus ativos bancários? Voce tem alguma autoridade na área?

            Se não tem, e eu presumo que não tenha, só lhe resta sacar o seu dinheiro. 

            Agora se lhe ocorre outra idéia, por favor, nos conte.

          6. Vc é um irresponsável, q está a fim de pôr fogo no circo

            Nao vou ficar discutindo isso. Isso é TERRORISMO. 

          7. Você é confusa mesmo!

            Eu sou o cara que fala em reforma ministerial com 14 pastas e 72 secretarias para o governo ter unicidade, harmonia e lógica.

            Acorda, não quero por fogo no circo, mas não quero ser vítima outra vez de um presidente da república irresponsável.

            Não admito novo confisco do dinheiro do povo. Se para voce e os interesses que tu defendes isto é terrorismo deve ser em uma interpretação bem liberal, ou neoliberal.

          8. Quê pânico?

            Aonde pânico, não querer um novo presidênte fazendo barbeiragens com o dinheiro do povo é criar pânico?

            Você tem um entendimento enviezado do que é crime, não têm?

            Mas já desconfiava disto, senão não sairias a xingar e ofender a torto e a direita os que teclam com você.

  9. A pergunta nao eh o PIB
    A pergunta eh ate quando conseguiremos ter uma taxa de desemprego baixa pois comemos comida e nao PIB. Emprego e ganhos.
    Esta eh minha questao.
    E o nosso mercado interno.
    Diminuir a desigualdade, emprego, ganhos salariais, etc. Ate quando podemos esticar esta corda sem arebentacao das contas.

  10. Fiquei preocupada com o título do tópico.

    Temi que Delfim estivesse apoiando Dilma. Apoios nao se recusam, mas seria meio constrangedor. Mas felizmente nao era isso. Apenas o Delfim mostrando, mais uma vez, quem é. Nada de novo. 

  11. “Restabelecer a economia sem

    Restabelecer a economia sem sacrificar avanços sociais, por Antonio Delfim Netto

    … é o mesmo que fazer crescer o bolo da economia brasileira e depois programar a distribuição social do milagroso bolo de crescimento econômico em pedaços fartos mais ou menos iguais, para o grande dia comemorativo de são nunca… na história deste país houvera um poderoso czar da economia em regime ditadura pode tudo nomeia tudo decide tudo sabe tudo…

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador