Separatismo paulista, por Juremir Machado da Silva

Enviado por Assis Ribeiro

Sudeste e sul sempre foram mais conservadores

Por Juremir Machado da Silva

Do Correio do Povo

São Paulo tem um pequeno problema com o Brasil. Foi quem mais resistiu, junto com Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo, à abolição da escravatura. Tivemos de comandar, ao lado dos paraibanos e dos mineiros, a Revolução de 30 contra os paulistas, que, novamente junto com Minas Gerais e, paradoxalmente com parte do Rio Grande do Sul, impuseram aos brasileiros o golpe de 1964. Em geral, sul e sudeste estão de um lado, enquanto o nordeste está de outro. O Rio Grande do Sul conseguiu votar contra, em 1871, a Lei do Ventre Livre.

O nordeste foi a região que mais apoiou a abolição. O sudeste, a que mais lutou contra. Entre 1879 e 1881, dos 11 deputados que mais defendiam reformas contra o escravismo, dez eram do norte e do nordeste. Apenas um era de Minas. José do Patrocínio sintetizou: “O norte, muito mais benévolo para o escravo, desfez-se da hedionda mercadoria quanto pôde (…) O sul, ambicioso, obstinado, aristocrático, bárbaro e cruel para o escravo, embriagado pelo jogo do café, foi comprando a fatal mercadoria a todo custo”. Criou-se um fundo para a emancipação. Conseguia-se arbitrar preços exorbitantes para velhos escravos e, com os ganhos, comprar escravos jovens.

Um deputado de Sergipe propôs, em 1877, a abolição e escolas para que trabalhadores livres pudessem aprender a ler e escrever. O deputado baiano Jerônymo Sodré, em 1879, chamou a Lei Rio Branco, que permitia manter escravos até 21 anos de idade os nascidos livres, de “vergonhosa e mutilada”. O fundo de emancipação fora desviado para campanhas eleitorais. Que tempos aqueles! Nunca se veria igual. O deputado paulista Martim Francisco Ribeiro de Andrade reagiu violentamente: “Nós, os representantes das províncias do sul do Império, apreciamos a integridade deste vasto país, mas não tanto que, para conservá-la, queiramos tolerar a liquidação geral das fortunas e a destruição violenta da propriedade escrava…” Hummm…

Contestado pelo nordestino Joaquim Nabuco, o paulista Andrade saiu-se com um argumento intemporal. Disse que as opiniões do abolicionista eram “exageradamente radicais”, exigiu sensatez e responsabilidade e pediu que o outro não usasse sua retórica a serviço de uma causa, a abolição, que “pode prejudicar e muito a nossa pátria”. Daí a conclusão do historiador americano Robert Conrad: “Não é de estranhar que tenha sido um representante de uma província do Nordeste que renovou o debate abolicionista na Assembleia Geral em 1879 e que a primeira reação negativa tenha vindo de um deputado representante de São Paulo”. Pelo jeito, nada mudou.

O Brasil está dividido. Já era assim em 1870. Deputados do sudeste opunham-se à abolição alegando que produziria uma massa de vagabundos e propondo que fossem, ao menos, transformados em servos, obrigados a trabalhar para seus ex-donos. Velhos e crianças foram libertados mais cedo, quando não havia mais volta, para diminuir custos. Parte do fundo de emancipação foi gasta na compra de livros para registro dos escravos a serem libertados. Um estudioso interpretou tudo isso como “um dos primeiros exemplos do moderno separatismo paulista”. Agora é guerra contra o Bolsa-Família? Uau!

Redação

47 Comentários

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  1. TODOS OS DIAS aqui aparecem

    TODOS OS DIAS aqui aparecem ataque a São Paulo. Quem é que em São Paulo fala de separatismo? Que pessoas, que nucleos? Eu nasci em São Paulo, meus pais tambem, meus avós de um lado tambem, minha bisavó tambem, nunca ouvi

    falar em separatismo paulista, MUITO AO CONTRARIO, São Paulo nunca foi bairrista e acolheu e acolhe brasileiros de todos os Estados, MAIS QUE QUALQUER OUTRA CIDADE DO PAIS, São Paulo é generosa com os migrantes, nasceu com gente de todo lado do Pais e do mundo, prosperou com a imigração, sem nenhum paralelo com nenhuma outra cidade.

    Esse papo de SEPARATISMO é completamente furado, nem na Revolução de 32 surgiu em São Paulo mas foi ESPALHADO pelo Governo Federal pelo radio para jogar os outros Estados contra São Paulo.

    O Brasil tem o tamanho que tem por causa dos bandeirantes paulistas, que chegaram aos contrafortes dos Andres, romperam os limites de Tordesilhas, criaram as fronteiras a Oeste, São Paulo é o berço do Brasill moderno.

    Foram contra a Abolição da Escravatura? Mas São Paulo libertou os escravos e deu a solução, foi o UNICO Estado que soube rapidamente substituir a mão de obra negra pela europeia, promovendo a Grande Emigração, com passagem paga pelo Estado de São Paulo, trazendo um milhão e meio de italianos, que construiram a São Paulo de hoje e tornaram a agricultura paulista a maior e mais prospera do Brasil, DEPOIS da abolição da escravatura.

    Enquanto isso na Bahia, em Pernambuco e no Estado do Rio, a abolição da escravatura significou a decadencia da agricultura.e neste texto o autor diz que o atrasado é São Paulo, o Estado que mais se modernizou APÓS a abolição porque tinha ELITES MODERNAS, instruidas, viajadas e arejadas, ao contrario dos areas cornelisticas do Brasil arcaico.

    1. “São Paulo […] soube

      “São Paulo […] soube rapidamente substituir a mão de obra negra pela europeia […] com passagem paga “

      E você se orgulha dessa substituição da mão de obra negra pela europeia amigo???

      Lamentável… Isso diz muito…

    2. Motta Araujo, paulistas e

      Motta Araujo, paulistas e paulisnos são tão arrogantes, que está escrito na bandeira de São Paulo (capital) NON DUCOR, DUCO. Precisa se dizer mais alguma coisa sobre vocês? 

      1. Irrelevante

        No brasão do estado em questão esta escrito: “PRO BRASILIA FIANT EXIMIA” (latim para “Pelo Brasil façam-se grandes coisas”).

        Arrogancia e ignorancia não possui nacionalidade ou naturalidade, são universais.

        Leia Said : Orientalismo. A construção do “outro” é fundamental para o dominante.

        Como Roma: Dividir e conquistar; disse César (divide et impera).

        http://pt.wikipedia.org/wiki/Bras%C3%A3o_do_estado_de_S%C3%A3o_Paulo

    3. Motta Araújo, sou paulista,
      Motta Araújo, sou paulista, meus pais são paulistas, meu aos dos dois lados são europeus. Nunca vi gente mais reacionária, egoísta e metida a besta do que paulista. Acho que é a influência dos europeus que se acham muito melhores do que os brasileiros. Foi o que ouvi minha vida inteira. Agora, o discurso é um pouco mais sofisticado, menos o do meu irmão caçula, que é direto mesmo em considerar o Brasil muito aquém de Europa e EUA.

  2. Quanta bobagem!
    Trazer à tona

    Quanta bobagem!

    Trazer à tona um sentimento inexistente em Sao Paulo. Talvez meia duzia de bobos pregam isso, mas a imensa maioria dos paulistas sequer pensa a respeito.

    Quanto reducionismo na análise de movimentos tao dispares quanto a abolição, a revolução de 30 e o golpe de 64.

    Eu fico me perguntando: A que serve estas “matérias” e comentários? Não encontro resposta nenhuma. Só o Vazio.

    1. “Trazer à tona um sentimento

      “Trazer à tona um sentimento inexistente em Sao Paulo. Talvez meia duzia de bobos pregam isso, mas a imensa maioria dos paulistas sequer pensa a respeito”:

      Eh, quem mora em Sao Paulo nunca ouviu falar disso, ne?  Pois eu conheco isso ha uns 45 anos e sou de Minas.  Perdoe me por suspeitar que os mineiros nao estao inventando o que ja li varias vezes na internet atravez dos anos, tudo escrito por paulistas.

  3. São Paulo foi uma capitania

    São Paulo foi uma capitania deficitária que quase sucumbiu aos Tamoios liderados por Cunhambebe. Depois, foi uma província miserável que só forneceu uma coisa ao Império: jagunços iletrados comandados por capitães-do-mato que falavam a língua geral e precisavam de interpretes quando se comunicavam com os nordestinos que falavam português. No final do século XIX e pouco depois da libertação dos escravos, o Estado de São Paulo recebeu milhares de imigrantes europeus miseráveis que eram excedente populacional indesejado na Europa. Os descendentes destes imigrantes e dos mamelucos que povoaram São Paulo acreditam, entretanto, que constituem uma raça superior à raça dos brasileiros dos outros Estados. Eles não sabem o que é raça, não sabem o que é superioridade, tampouco sabem que estes conceitos pseudo-científicos já foram superados pela ciência e nos campos de batalha europeus. Tudo bem pesado, Cunhambebe teria feito um grande serviço ao futuro do Brasil se tivesse devastado totalmente a capitania piratininga. Ha, ha, ha…

    1. Putz, vc me lembrou os

      Putz, vc me lembrou os ingleses quando comentavam sobre Hitler e sua raça superior:

      “Como é que Hitler pode achar a raça alemã superior!!! SUPERIORES SOMOS NÓS!!!”

  4. Chovinismo estercado!!!!!

    Como são atrazados seus argumentos e simplesmente esqueçeu de como eu na fábrica vivo com todos os companheiros de todas as origens e nos damos muito bem pois temos o mesmo interesse, mas falar de classe para vocês é o mesmo que destruir suas vãs filosofias.!!!!!!!!!!!!

     

  5. Não se combate preconceito

    Não se combate preconceito com preconceito…

    Tristeza ver que aqueles que jogam numa vala comum todo o povo de São Paulo, como se fossemos todos separatistas.

    Tristeza ver que não há diferença entre aqueles paulistas que discriminam nordestinos, com os que, nordestinos ou não, discriminam os paulistas.

    Mas a vida segue e ao menos todos estes acontecimentos servem para nos mostrar que há canalhas em ambos os lados…

  6. Somos uma laia sem cultura

    A campanha de esclarecimento que presentemente se faz sobre SP e o Sul do Brasil me ensinou muitas coisas. Essa campanha também inclui a torpe história do centro e do sul de MG, que elegeu Aécio. Sou de BH, que deu 65% dos votos ao playboy. Agora reconheço que fizemos isso porque somos retrógados. Descobri, graças às lições que os sábios progressistas têm ministrado, que sou, junto com meus conterrâneos e boa parte dos brasileiros, uma laia de pessoas sem caráter, sem cultura, sem o passado de glórias que floresceu mais ao norte. Só agora entendo Graciliano Ramos quando ele ensinou, pontificando com sua sabedoria e sua finesse, que Guimarães Rosa era um escritor de mau gosto. Estou deprimido!

  7. Obviamente São Paulo , Minas

    Obviamente São Paulo , Minas Gerais e o Rio de Janeiro foram mais resistentes a abolição do que as províncias do Norte e Nordeste, simplesmente pelo fato do negro ser a mão-de-obra predominante nas lavouras do café, que era a época o motor da economia brasileira e principal produto de exportação do nosso país. O número de negros escravos nas províncias do Norte e Nordeste caiu a pique  a partir de meados do século XIX , justamente pela decadência econômica da região, gerando inclusive um tráfico interno de negros que eram vendidos pelos senhores de engenho decadentes das províncias do Norte, para os barões de café das províncias do Sul. O apoio de muitas figuras nordestinas ao fim da escravidão não foi um ato de benevolência e sim pelo fato do escravo já ser um elemento irrelevante na economia nordestina da última metade do século XIX de modo que a abolição não geraria impactos significativos l, ao contrário do que ocorria em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais

  8. São Paulo por Rui Daher
     Pra sabadear na Arena Corinthians, Itaquera, São PauloRui Daher – Terra Magazine 14.06.14  Estava difícil de imaginar? Por acaso o evento não era programado acontecer no Estado mais conservador, mais paroquial, menos brasileiro, onde a meritocracia imigratória e o feudalismo do patronato rural se autoproclamaram locomotivas do País?  Ou já esqueceram do que vicejou politicamente por aqui? Adhemar de Barros, Jânio Quadros, Paulo Maluf. Os raros intermezzos progressistas foram similares ao rinoceronte Cacareco que, nas eleições de 1959, foi o vereador mais votado.  Não foi em São Paulo que se pretendeu todo o empresariado no aeroporto, fugindo de um eventual governo que promovesse qualquer forma de inserção social?  Em 1964, a democracia não ficou a esperar o juramento do general Amaury Kruel de respeito à Constituição? Veio?   Em que terras vocês acham que ainda marcha o cotidiano da Tradição, Família e Propriedade? O PSDB teria abandonado seus mais leves matizes de esquerda não tivesse percebido que somente à direita conquistaria o Estado e daqui o Planalto?  Como se faz nas escolinhas de futebol, em São Paulo se formam os principais craques que irão brilhar no time do ASEFC (Acordo Secular de Elites Ferrador Clube).  Algo esquizofrênico permeia a sociedade paulista. Ferrada, reclama e pede. Brindada, acha que mereceu, se vê exclusiva e cerra as portas para os que perderam o bonde.  “Eu estudei, eu trabalhei, eu formei meus filhos com muita luta, eu comprei meu carro”. Só você, certo? O Zé do Lote 14, em Nossa Senhora das Dores, no Agreste Sergipano, bobeou.  Dilma Rousseff lutou contra um Estado opressor, foi presa e torturada, passou por doença grave. Economista, ministra, foi eleita presidente na democracia e, através dela, garante ver-se diuturnamente criticada em sua gestão. Incomodar-se-ia de ser vaiada e xingada por plateia da ralé endinheirada desta província?  Dentre as autoproclamações paulistas está contar com os mais bem preparados aparelhos educacionais. O mais antigo e rápido processo de industrialização. Capitalismo financeiro em moldes potentes e modernos.   Aqui se originou a franja mais significativa que comanda o Poder Executivo há quase 20 anos, por partidos aqui criados.  Pois, neste mesmo lugar, Arena Corinthians, Itaquera, São Paulo, essa força de grana, produção e cultura emburreceu e entregou, de mão beijada, apoio geral ao adversário que pretende destruir. Merecem.  

     

  9. Este texto é REPULSIVO,

    Este texto é REPULSIVO, criticam o preconceito MAS aqui se exala o maximo de preconceito contra os paulistas, é algo patologico, um Estado que orgulha o Brasil sendo agredido por teses estapafurdias, sem nexo historico, São Paulo,

    ao contrario da Catalunha, da Escocia, do Pais Basco JAMAIS teve um movimento separatista verdadeiro, não ha

    QUALQUER REGISTRO disso nos anais de São Paulo.

    1. Ai Motta Araújo
      Vc é paulista mesmo? Sou paulista, filha de paulistas, neta de europeus. Digo com tristeza, mas com certeza: os paulistas se acham melhor que os outros brasileiros e os europeus se acham melhor que o resto do mundo. Acho que a imigração europeia ajudou muito nessa característica dos paulistas. Frase de paulista: pra cima de Minas Gerais, nada presta.

      1. Creio que como voce muitos de

        Creio que como voce muitos de nós “paulistas/paulistanos” não concordamos

        com esse visão.OK? E somos muitos , nem tantos mas bastante.

  10. Meus avós (de todos os lados)

    Meus avós (de todos os lados) também nasceram em SP, assim como meus pais e eu.

    Sou da região do “pioneirismo’ da imigração européia pra substituir a mão de obra escrava. Alías, começou ANTES da abolição. O pioneiro Senador Vergueiro (google aí)  foi tão “moderno” com sua imigração européia, que vários países proibiram que os trabalhadores viessem pra essa região, porque as condições dadas aos imigrantes era análoga a escravidão.

  11. Texto non-sense.
    A maior

    Texto non-sense.

    A maior cidade nordestina do país é São Paulo.

    Foi em São Paulo que surgiu o PT, Lula, etc, etc, etc.

    Da mesma forma existe esses malucos classe média branca, que na falta de neurônio e de ter

    o que fazer, bolam essas teorias separatistas tolas e infantis.

    São completamente inexpressivos.

     

  12. “”São Paulo só tinha

    “”São Paulo só tinha “”jagunços iletrados comandados por capitães do mato”” e a Bahia tinhao que? Pernambuco tinha o que? Alagoas tinha o que?

    Se alguem escrevesse assim sobre a Bahia, Pernambuco ou Alagoas a esquerdolandia do blog CAIRIA MATANDO: 

    “”Olha ai o preconceito, está nos xingando, Ministerio Publico nele, ninguem pode falar assim do Nordeste”” e no entanto o

    comentarista fala isso de São Paulo, tem coragem de dizer que São Paulo só tinha jagundos iletrados comandados por capitães do mato, o que alem de tudo demonstra COMPLETA IGNORANIA DE HISTORIA DO BRASIL.

    A”provincia miseravel”” não tinha nem jagunços e nem capitães do mato antes da cultura do café, que foi a primeira cultura do Estado de São Paulo e que só veio para o Estado em meados do seculo XIX  DEPOIS do ciclo do café no Estado do Rio, especialmente na região de Vassouras, com o esgotamento daquela região é que o café veio para São Paulo, já na fase final do regime de escravidão e começando pela continuidade no Vale do Paraiba paulista e depois na região que seria depois a Mogiana e area de Ribeirão Preto.

    Escravos, jaguços e capitães do mato e o ambiente dai decorrente tiveram com antecedencia  DOIS SECULOS na Bhaia,

    Paraiba e Alagoas-Sergipe, e Pernambuco,  portanto um enraizamento muito maior que em São Paulo. São Paulo nunca teve um “”CICLO DO CANGAÇO”” que é o subproduto desse ambiente.

    Seu infeliz comentario está portanto fora do contexto historico e foi usado apenas para reforçar seu preconceito contra paulistas.

      1. Se é conceito quer dizer que

        Se é conceito quer dizer que  aqueles que detonam nordestinos

        podem se livrar com essa afirmação?Conceito? Como se vê

        gente burra   e desinformada nasce em qualquer região.

         

  13. Incrivel como persistem esses

    Incrivel como persistem esses preconceitos contra  a mais (senão a única) diversificada metrópole brasileira. Maior cidade nordestina, maior cidade libanesa, maior cidade do que quer que seja. Aí vem este bando de provincianos encher o saco por puro despeito e inveja. Fiquem aí na província sô !!! 

  14. Ainda bem que o Nassif é

    Ainda bem que o Nassif é mineiro e mora em São Paulo.

    A verdade esta ai, não queimem “minha maloca” para

    pegar o bandido. Ou releiam o texto mal bolado e tendencioso.

  15. Parei de ler os comentários

    Parei de ler os comentários quando me senti voltando ao passado. Nasci em São Paulo mas morei pra lá e pra cá, convivi com pessoas de quase todos os cantos do país, novos e velhos ricos, novos e velhos pobres, miseráveis dos lugares mais miseráveis, de esquerda e de direita. No Nordeste senti na pele o regionalismo mais pretensamente elaborado por parte de pretensos intelectuais pretensamente de esquerda. Por ser de São Paulo, fui tratada por essa gente como ‘representante’ da elite paulista que explora as regiões mais pobres, o que me era estranho, pois minha origem é na classe trabalhadora. Aquele acolhimento alegre, que divulgam como tipicamente nordestino, esse eu senti vindo dos ‘de baixo’ e era sincero. As famílias ‘tradicionais’, conservadoras, essas me recebiam bem – com o sorriso envernizado, dedicado a quem não podiam desrespeitar (pelo meu desempenho profissional), mas… eu não era uma deles, nem era quatrocentona.

    O que estou sentindo aqui, deixando de lado comentários de quem sistematicamente discordo? A razão abandonada, o afloramento de emoções rasteiras. É impressionante como o regionalismo parece fazer parte dos “instintos naturais’. O sentimento de pertencimento mais profundo está ligado ao local de nascimento, não à classe social – como bem lembrou C. G. Brambilla, no seu comentário.

    Minha solidariedade vai para os humilhados, do Ceará, do Maranhão, de São Paulo, Pará, Rios Grandes. Não vai para os ricos de Estado nenhum (esses não precisam e, diga-se, nem querem). Vai pra quem realmente sofrerá com a falta dágua, com quem ainda não superou a pobreza. Vai para aqueles que, em 1932 e em outras brigas, foram bucha de canhão de um lado e de outro – quando se discute a chamada Revolução Constitucionalista, ninguém se pergunta como isso foi vendido para os soldadinhos convocados e o que significou para eles.

    Também ninguém comenta os votos dados ao Aécio no Nordeste. Separatismo paulista? Tenham dó! E vejam no texto: “Tivemos que comandar (…) a revolução de 30” (‘nós tivemos’! nós?), paulistas impuseram o golpe de 64 (eu morava lá e não impus nada – talvez por ser criança?), São Paulo tem um problema com o Nordeste (quem é esse tal de ‘São Paulo’?). é a classe dominante ruminando e a massa ignara caindo na conversa. feito patinhos.

    Pense!

     

    1. Claro!

      Bom comentário! 

      O texto é uma bobajada preconceituosa. Os que xingam aqui e lá são os que se auto “escalam” como elites, verdadeiras ou falsas. Também acho que a questão é de preconceito de classe, e onde há mais gente que “se acha”, é onde ele mais aparece…

      Ao ler o texto e sua resposta, não sei por que, lembrei da famosa frase de Paulo Freire: “quando a educação não é libertadora, o sonho do oprimido é ser o opressor.”

      Um abraço.

  16. A verdadeira oportunidade

    A verdadeira oportunidade perdida pelo Brasil foi na década de 30.

     

    Deveriam ter dividido este estado em 4 ou 5 menores e o problema não existiria hoje.

    Após a desastrada revolução, continuaram a dar golpes de Estado.

    É uma tradição do Estado e só vai acabar quando o mesmo for dividido.

     

    A solução e dividir SP! Sempre foi!

  17. Sempre evito comentar este

    Sempre evito comentar este tipo de coisa, até porque nas poucas vezes que estive em São Paulo fui muito bem atendido, esta idiotice preconceituosa acontece em todas as regiões do Brasil .

    O melhor que devemos fazer é ignorr estes imbecis, ao ignorarmos os atingiremos de forma até mais agressiva .

    Quando visito outras regiões do Brasil, quando um idiota qualquer tenta me agredir preconceitualmente, eu respondo da forma mais carioca possível, me despojo de formalismos e começo a zoar .

  18. O barulho dos inocentes.

    Meia dúzia de idiotas carregando a bandeira do Estado nas costas e os idiotas de plantão acreditam que está ali representa toda a população da cidade de São Paulo. Uma população composta por onze milhões de almas paulistas, nordestinas, sulistas, européias, asiáticas, africanas, árabes, latinas, indígenas…

    Tome-se o Metrô na Sé, em horário de pico e preste atenção nas conversas. Ouvirá uma diversidade de línguas e sotaques única no mundo. 

    Alguns comentaristas aqui me lembram um filme, “1941” , se não me engano, onde durante a segunda guerra um avião japonês sobrevoa um parque de diversão e solta uma dúzia de bombas. Em seguida, eufóricos, comunicam ao seus comandantes que acabaram de destruir Hollywood.

  19. Temos que fazer politica,

    Temos que fazer politica, discutir política partidária  etc…,mas fazer o possível para respeitar opiniões contrárias e sempre evitar criar inimizades .

    As vezes quando conversava com um possível eleitor do Aecio eu conseguia convence-lo apenas respondendo-o de forma tranquila .

    Eu sempre ganhava a discussão ao responder o “adversário” de forma educada, sem agressividade, os que estavam ao redor desqualifica uma pessoa que responde de maneira agressiva .

    Quando o sujeito olhava ao redor, enfiava a viola no saco e percebia que estava sem razão .

    Na maioria das vezes eu apenas perguntava ao tucanófilo se ele sabia da existência de capitalista George Soros e suas relações com o Armínio Fraga , o meu opositor não conseguia responder, pois como leitor da Veja e do Globo nunca soube das atividades conspiratórias do bilionário norte-americano .

    Eu perguntava num tom bastante tranquila, o cara não conseguia me responder, aí eu desqualificava as opiniões politicas dele de uma maneira bem soft, e continuávamos conversando sobre música, futebol etc…,

  20. Ridículo…

    Texto ridículo, que abusa de inversões históricas. O problema não é geografico, mas sim da formação da mentalidade social do brasileiro médio, favorecedora do surgimento dos preconceitos entre classes sociais e econômicas, atestando a carencia de formação cidadã.

    Um abraço.

    PS: e sempre me foi claro que boa parte da imprensa paulista investe pesado nessa sensação do “nós somos os especiais”, os que “trabalham muito”, em contraposição à ralé “vagabunda e esfomeada” que nos oprime… São mais ridículos ainda!

  21. Existe uma proteção e uma

    Existe uma proteção e uma corrupção moral desses historiadores.

    Não consta na história a chegada dos americanos do sul,  perdedores da guerra civil americana, ou seja: Os americanos do sul conseguiram tudo o que eles queriam neste país de mentira!

    Todos os requisitos  que perderam nos EUA por causa da guerra civil foram conquistados neste país – concedido pelo imperador D. Pedro!

    E mais, São Paulo, parte do Rio e Curitiba foram desenvolvidos por eles!

    Por isso que neste lugar chamado brasil a escravidão foi abolida por último!

    Os americanos precisavam da mão de obra escrava para o trabalho na lavoura.

     

    Creio que o mais pior de todos eram os mercadores de escravos do passado que hoje formam parte da elite do estado em questão.

     

    A desumanidade desses se originam daí, Os seres humanos escravos eram considerados, simplesmente, como produtos!

     

    Os americanos trouxeram cultura, desenvolvimento econômico e, pelo que parece cuidavam dos seus escravos, no entanto, os vermes mercadores(brasileiros) o tratavam como mercadoria  e sobreviviam desse mercado!

     

    São os herdeiros desses vermes que formam parte da elite paulista de hoje!

     

    Obs>: documentário a estrela perdida – Youtube

  22. Preconceito ao contrário é tao grave quanto!

    Nem preconceito contra o Nordeste, nem contra os paulistas! Somos todos do Brasil. Ficar nessa lenga-lenga contra Sao Paulo é fazer o jogo da Direita. 

  23. “O nordeste foi a região que

    “O nordeste foi a região que mais apoiou a abolição.”

    Não sejamos tontos.

    A economia do Nordeste entrou em crise no século XIX; os latifundiários nordestinos aliviaram a sua situação vendendo seus escravos para São Paulo, que se tornava o novo pólo dinâmico da economia brasileira com a expansão do café. Conseguiram assim o que o conjunto da classe escravocrata demandava: a abolição mediante indenização.

    Quando já não tinham praticamente escravos, então apoiaram a abolição contra os escravocratas da região cafeeira.

    Não é diferente, aliás, do que fizeram os escravocratas do charque, no extremo sul: venderam seus escravos aos latifundiários paulistas, livraram-se do problema, e depois foram posar de modernos…

    Deveria estar bem claro que os conflitos inter-regionais de hoje nada têm a ver com os do final do século XIX. São outros personagens, outro cenário, outro enredo… não a reencarnação de uma suposta tendência atávica de São Paulo ao reacionarismo.

  24. é sempre bomrevisitar a

    é sempre bomrevisitar a história para transformar omundo,.

    mas acho que atualmente  é perigoso confundir a parte pelo todo.

    havia apenas trinta  radicais da direita se manifestando dia desses.

  25. Pode haver o registro

    Pode haver o registro histórico de deputados a, b ou c que clamaram pelo fim da escravidão, entretanto o viés racista é produto genuinamente nacional de norte a sul.

    Com foi citado Sergipe, um exemplo dese estado. Sua capital, Aracaju tem como característica cantada em alto e bom som o fato de não ter favelas em sua área (há um eufemismo para favela, as chamadas ”ocupações”). Em seu senso, a cidade se declarou majoritariamente branca – o que não corresponde a verdade, há poucos negros, mas pessoas de tez morena são maioria e o bônus master nas terras do racista Silvio Romero é a pessoa ser loira ou ”galega”.

    É uma espécie de apartheid. Na região circunvizinha de Aracaju, estão espremidos os negros – Laranjeiras, S. Cristóvão, N. Sra. do Socorro, etc em uma notória segregação pelo fator social, racial e econômico. A capital é formada pela pequena burguesia do serviço público que demonstra ”potencial” (leia-se tenta se aproximar das oligarquias pseudo-modernas do estado) em simbologias de status, tais como empregadas domésticas negras, casas na praia (sendo que a capital já é ”praia”!), viagens para a terra do Mickey Mouse em prestações a perder de vista. 

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