Ataques a Boric levam Chile a convocar embaixador brasileiro

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Medida foi tomada após Bolsonaro afirmar durante debate que presidente chileno ateou fogo em metrôs nos protestos de 2019

Gabriel Boric, presidente do Chile
Gabriel Boric, presidente do Chile. Foto: Reprodução/Instagram/@gabrielboric

O Chile convocou o embaixador brasileiro no país para consulta após declarações do presidente Jair Bolsonaro (PL) a respeito do presidente chileno, Gabriel Boric, no debate ocorrido neste domingo.

Na ocasião, Bolsonaro acusou o presidente chileno de atear fogo em metrôs durante os protestos ocorridos no país em outubro de 2019.

Tal declaração foi feita ao final do debate, quando o presidente tentou ligar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a outras lideranças de esquerda latino-americanas.

Segundo a diplomacia chilena, o uso da relação bilateral “com fins eleitorais, com base em mentiras, desinformação e deturpações erosiona não apenas o vínculo entre nossos países, mas também a democracia, prejudicando a confiança e afetando a irmandade entre os povos”.

“O governo do Chile considera que as declarações formuladas contra o presidente Gabriel Boric pelo presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, durante um debate presidencial realizado no dia de ontem são inaceitáveis e não condizem com o trato respeituoso que deve haver entre chefes de Estado e nem com a relação fraterna entre dois países latino-americanos”, disse a chancelaria chilena, em nota oficial.

“Como governo nos parece que essas declarações são gravíssimas, obviamente são absolutamente falsas (…)”, ressaltou a chanceler chilena Antonia Urrejola, em entrevista ao jornal O Globo.

Vale lembrar que a relação diplomática entre Boric e Bolsonaro, embora seja considerada respeitosa, é marcada pela tensão antes mesmo da posse do atual presidente, quando o mandatário brasileiro apoiou abertamente o concorrente de Boric, o direitista José Antonio Kast.

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Tatiane Correia

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